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Cientistas dizem na Faec que chuva de 2023 será boa e virá logo

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Luiz Carlos Molion, Francisco de Assis Diniz e Eduardo Sávio Martins expuseram para atentos produtores rurais suas previsões. Molion foi além: “Não há aquecimento global”, disse ele.

 

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Molion iniciou a série de palestras desautorizando o Papa Francisco, que disse há 10 dias ser a floresta amazônica a fonte de chuvas no Brasil.

“O Papa equivocou-se. A fonte das chuvas no Brasil é o Oceano Atlântico, de onde vem a umidade que causa as chuvas em diferentes regiões brasileiras, incluindo o Nordeste!”, disse Molion.

Ele disse que, nos próximos seis meses deve chover bem no Ceará. E adiantou que, para próximos 15 anos, “não espero nenhuma grande seca para o Ceará”

Molion — que integra os quadros do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) –  explicou que, neste momento, o fenômeno La Niña atua na geografia nordestina, causando chuvas na região, como as registradas no último mês de novembro no Cariri cearense..

“A partir de março, o La Niña irá para a neutralidade”, prognosticou Molion, advertindo que ninguém acerta a previsão do clima a longo prazo.

“No máximo, a previsão com acerto é de uma semana. Os modelos que monitoram o clima são bons até por uma semana. Mas fazer previsão do clima para além disso é uma missão impossível”, disse o professor Molion, advertindo que “todos devem ter cuidado com os modelos que monitoram o clima”.

Ainda de acordo com Luiz Carlos Molion, “se não acertamos uma previsão meteorológica para cinco dias, como iremos acreditar num prognóstico feito para 2050?”.

Mas  Molion fez questão de deixar bem claro sua previsão:

No Ceará, em 2023, a estação chuvosa beneficiará o interior do Estado, cuja pluviometria poderá alcançar a marca de 835 milímetros. Não vejo problema para o período chuvoso, que começará no dia 20 deste mês e irá até o mês de junho do próximo ano, com um veranico em fevereiro, voltando as chuvas em março.

Sempre polêmico, Molion disse que, “nos próximos 15 anos, teremos um resfriamento global que levará problemas para os Estados Unidos e para a China”.

Ele também disse, com outras palavras:

Sua previsão é de que, nos próximos três lustros, o índice de pluviometria do Ceará estará na média histórica. E com o intuito de polemizar, declarou:

“Não há aquecimento global. O crime antrópico (causado pelo homem) é mentira. Quanto mais C02 na atmosfera, melhor. O acordo do clima tem a ver com a governança global e com o novo colonialismo. O clima é só uma estatística que não interfere na atividade humana. A doutrina do ambientalismo está destruindo a economia dos países”, afirmou Luiz Carlos Molion, deixando claro que não concorda com ideias socialistas.

Depois dele falou Francisco de Assis Diniz, que pertenceu aos quadros técnicos do Inmetro e hoje é seu consultor. Na sua opinião, “para uma boa produção agrícola, é necessário que o produtor plante e que o clima garanta a chuva necessária para o desenvolvimento da planta”.

Muniz citou o caso da chuva de 171 milímetros que desabou, neste mês, sobre a sede municipal e a zona rural de Caririaçu, na região do Cariri cearense.

Ele disse que “os eventos naturais extremos aumentaram no mundo”, por causa do que se reduziram as áreas de plantio.

Francisco Assis Diniz afirmou que, “no geral, as condições de chuva em 2023 no Ceará deverão ser boas, em torno da normalidade”, concluiu ele.

Por sua vez, o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins, começou dizendo que os quadros técnicos de sua instituição foram renovados recentemente por meio de concurso público, permitindo a entrada de “um time muito bom de jovens técnicos e pesquisadores”.

Eduardo Martins também prognosticou, com base nas imagens e informações dos satélites, que a próxima estação de chuvas no Ceará será na média ou acima da média.

Ao final, os três cientistas foram muito aplaudidos, revelando que o objetivo da reunião científica foi alcançado, sendo, aliás, o primeiro evento dessa natureza a ser realizado no âmbito da Faec.

O empresário Cristiano Maia, maior produtor de camarão do país, e presente à reunião, elogiou o presidente da Faec pela iniciativa e disse que, agora, bem orientado pelas informações da ciência, vai programar-se para tirar o melhor proveito delas em suas fazendas de produção agropecuária na região do Jaguaribe.

A íntegra das palestras está disponível no Canal da Faec no YouTube.

Antes das palestras, a Faec fez o lançamento da Pecnordeste 2023, cuja área de exposição dobrará de tamanho no Centro de Eventos do Ceará.

No próximo ano, a Pecnordests será realizada de 15 a 17 de junho, devendo incluir a participação de novos setores da atividade agropecuária, entre os quais a carcinicultura e a de Pet.

DIÁRIO DO NORDESTE

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