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Coceira no ouvido: especialista explica possíveis causas e como tratar

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NAYANA SIEBRA

A coceira, segundo o médico otorrinolaringologista Oscar Alencar, pode ser primária, sem causa definida, ou secundária a outras doenças

 

Você já sentiu aquela coceira no ouvido? A sensação pode ser eventual e passageira, mas, em alguns casos, traz incômodos e precisa ser tratada. A coceira, segundo o médico otorrinolaringologista Oscar Alencar, pode ser primária, sem causa definida, ou secundária a outras doenças.

O especialista detalha que esta coceira primária ocorre “na ausência de doenças subjacentes, tanto localizadas (como dermatites de contato, dermatite seborreica, psoríase, infecções fúngicas ou até tumores do canal auditivo) quanto sistêmicas (diabetes, doenças hepáticas e renais etc.)”.

Para aliviar as coceiras que ocorrem de forma repetida e trazem incômodos, o médico afirma que existem medicamentos de uso local que podem aliviar os sintomas quando esta é caracterizada como primária. Corticoides e imunomoduladores sob a forma de pomadas e gotas otológicas são exemplos de tratamento, mas é importante lembrar que eles precisam ser prescritos por um profissional.

Além do uso de medicamentos, Oscar Alencar reforça orientações que ajudam a aliviar os sintomas como: “tentar diminuir a umidade do ouvido, avaliar possível mudança no PH do cerume, avaliar a presença de contato com corpos estranhos potencialmente irritantes, como fones de ouvido, evitar traumas causados por hastes flexíveis (cotonetes), orientar o paciente a não tentar tirar totalmente o cerume, pois o ouvido ressecado tende a coçar mais”.

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Outro cuidado destacado pelo profissional é em relação ao uso de hastes flexíveis, pois esta pode agravar a coceira do ouvido. Segundo ele, “além de removerem todo o cerume, eventualmente ressecando o conduto, as hastes flexíveis podem machucar a pele fina do conduto auditivo externo pela manipulação repetitiva”.

De acordo com o especialista, o paciente também deve observar o uso de produtos para cabelo, como os xampus, que podem potencializar alergias e, nesses casos, devem ser trocados. Ele lembra ainda que no caso das coceiras que são secundárias a outras doenças é necessário tratar essas enfermidades, assim como infecções fúngicas.

O diagnóstico do que está causando a coceira é feito através do exame físico e da anamnese do paciente, na qual é investigado doenças de base e alterações locais. No caso de infecções fúngicas, o médico explica que geralmente eles podem ser vistos através de uma inspeção do conduto auditivo externo feita por um profissional, utilizando um otoscópio.

Legenda: Otorrinolaringologista é o médico especialista em ouvido que deve ser procurado para um diagnóstico

Foto: Shutterstock

“Para uma maior assertividade no diagnóstico, o recomendável é procurar um otorrinolaringologista, médico especialista em ouvido”, reforça.

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QUANDO A COCEIRA É “NORMAL”? 

Oscar Alencar esclarece que o conduto auditivo externo possui uma fina camada de pele que pode coçar como qualquer outra parte do corpo. Então, caso isso ocorra sem gerar muito incômodo e não atrapalha a realização das atividades do dia a dia é considerado normal.

“Quando esse prurido é eventual e passageiro, sem gerar muito incômodo nem atrapalhar as atividades diárias, ou então quando o prurido é leve e não força o paciente a fazer nenhuma manipulação excessiva do ouvido, dizemos que o prurido é normal”, finaliza.

DIÁRIO DO NORDESTE

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