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Criança que recebeu medicação errada no Ceará deixa hospital após quase um mês

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Medicação foi aplicada por uma técnica de enfermagem que foi afastada.

Anthony Gabriel Zeferino Ribeiro, de 1 ano e 10 meses, recebeu alta nesta terça-feira (12), após receber medicação errada no Hospital Municipal de Morrinhos, a 208 km de Fortaleza. Anthony Gabriel estava internado no Hospital Regional Norte, em Sobral, desde 15 de agosto.

A criança ficou em estado grave após receber na veia um remédio que deveria ter sido utilizado por meio de soro e inalado. Medicação foi aplicada por uma técnica de enfermagem que foi afastada.

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Em depoimento ao g1, Luciana Ribeiro, prima do menino, disse que a criança havia sido levada ao hospital pelos pais com sintomas gripais, como febre, falta de ar e suspeita de pneumonia. Na unidade, o garoto passou por uma consulta e o médico receitou medicações.

Conforme a parente, uma técnica de enfermagem aplicou na veia do garoto um remédio que deveria ter sido utilizado por meio de soro e inalado, fazendo com a criança ficasse em estado grave.

Anthony Gabriel, de 1 ano e 10 meses, foi para na UTI após receber medicação de inalar na veia. — Foto: Arquivo pessoal

Anthony Gabriel, de 1 ano e 10 meses, foi para na UTI após receber medicação de inalar na veia. — Foto: Arquivo pessoal

“Quando ela aplicou ele desmaiou, foi um reboliço dentro do hospital. O médico falou para ela que não era para ela ter dado na veia, que era para ter dado no soro. De lá mesmo ele já saiu desacordado para o Hospital Regional de Sobral. Meu tio disse que ele estava sangrando pelo nariz, pela boca. Quando chegou lá ele teve quatro paradas respiratórias, foi reanimado quatro vezes e agora está intubado na UTI lá do Regional, com sangramento nos dois pulmões”, relatou na época a prima do garoto.

Os familiares de Anthony cobraram que a técnica de enfermagem e o hospital fossem responsabilizados pelo erro.

“A gente está pedindo por justiça, porque uma enfermeira dessas estava despreparada para ela está em um hospital desse. A gente sabe que um hospital do interior pede uma demanda maior e não é a primeira vez que a gente esculta relatos dentro do hospital de Morrinhos. Que eles descem uma assistência, pois nem uma assistente social procurou meu tio e a minha tia para querer saber. A família está desolada, não tem forças para nada”, falou a prima do garoto.

A Secretaria de Saúde de Morrinho instaurou PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) para averiguação dos fatos e posterior sanções e a profissional que aplicou o medicamento foi afastada sem remuneração.

G1 CE

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