Por Átila Varela
A EDP Energias do Brasil assinou contrato para a venda de 80% de sua participação da Porto do Pecém Geração de Energia (Pecém). O fato relevante foi comunicado ao mercado.
Os outros 20% estão na esteira de concretização, visto que foram criadas condições para a nova transação.
O contrato foi firmado com um grupo de investidores coordenados pela Mercurio Asset, gestora de recursos com expertise em ativos energéticos.
A Pecém já estava nos planos de desinvestimento da companhia no começo do ano, de acordo com o presidente da EDP, Miguel Stilwell Andrade. Afinal, os planos da companhia é “zerar” o carvão, sair desse tipo de mercado em 2025 e se tornar 100% focada em energias limpas até 2030.
A usina tem capacidade instalada é de 720 MW e auxilia no abastecimento do Nordeste por meio de contratos de disponibilidade. Ela tem vigência de contratos até julho de 2027.
“A Pecém registrou um desempenho operacional muito positivo com disponibilidade média de 99,8% até o final de agosto de 2023”, destacou a empresa em comunicado.
Imparidade de R$ 1,2 bilhão
Em janeiro de 2023, a EDP reconheceu imparidade de R$ 1,2 bilhão em teste após o cancelamento do Leilão de Reserva de Capacidade no fim de 2022 que termelétrica Pecém participaria.
“Apesar deste fato, a EDP ressalta que não haverá impactos em sua geração de caixa prevista até julho de 2027, no pagamento das dívidas ou obrigações financeiras, no atendimento da política de dividendos”, destacou à época.
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