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Escolas devem decidir se adiam ou não em 15 dias o retorno de aulas presenciais de crianças com até 11 anos no Ceará, diz decreto

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Documento foi publicado neste sábado (15) pelo Governo do estado e traz recomendação do governo estadual em razão do aumento dos casos de Covid-19 e Influenza.

A decisão pelo retorno das aulas presenciais no Ceará a partir desta segunda-feira (17) ou o adiamento delas em até 15 dias deve ser tomada por cada escola junto aos pais e responsáveis. A indicação foi dada pelo Governo do Estado, no decreto publicado neste sábado (15), após recomendação para que as instituições de ensino, que acolham crianças de até 11 anos de idade, adiem por 15 dias o início do ano letivo.

A recomendação foi dada pelo governador Camilo Santana (PT), nesta sexta-feira (14), em transmissão ao vivo pelas redes sociais, na qual atualizou as determinações do novo decreto. Segundo ele, a indicação ocorria em função do aumento dos casos de Covid-19 e Influenza, cujos dados vêm mostrando crescimento rápido das doenças respiratórias no estado.

“O retorno imediato das aulas, a despeito da recomendação prevista no caput, deste artigo, será uma decisão de cada escola a ser tomada com os pais e responsáveis, competindo-lhes, em conjunto, definir a melhor forma para esse retorno acontecer, observadas sempre as normas sanitárias, ficando facultada a adoção do ensino remoto ou híbrido no correspondente período”, diz o decreto.

No documento, permanece obrigatória a apresentação de comprovante de vacinação de professores e trabalhadores das instituições de ensino em caso de retorno das atividades presenciais.

O Sindicato dos Estabelecimentos de Educação e Ensino da Livre Iniciativa do estado do Ceará (Sinepe-CE) ainda não tem um posicionamento oficial sobre o assunto.

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Redução de público nos estádios

Arena Castelão no jogo entre Fortaleza e Juventude pela Série A do Campeonato Brasileiro. — Foto: Kid Junior/Sistema Verdes Mares

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No decreto também consta a determinação para redução do público máximo em eventos esportivos em estádios de futebol para 30%. A medida estará em vigor até o dia 5 de fevereiro; esta é a data estabelecida para revisão da quantidade máxima de público permitida em eventos sociais. Atualmente, só são permitidas 250 pessoas em ambientes fechados e 500, em abertos.

A determinação do governo, a qual obriga a utilização de máscaras N95 ou PFF2 em profissionais de alguns estabelecimentos comerciais e sanitários, começa a valer apenas no dia 24 de janeiro. A decisão se aplica a profissionais e colaboradores que atuam na área da saúde, farmácias, supermercados e escolas que tenham contato direto com o público.

De acordo com o documento, a Secretaria da Saúde poderá, em protocolo específico, estender a obrigação do uso de máscaras N95 e PFF2 “a outros setores ou atividades em que o uso também se faça necessário”. Não fica determinado um prazo para que este protocolo seja apresentado pela pasta.

“Devido ao alto poder de contágio dessa onda. Os estudos mostraram que a máscara N95 consegue proteger significativamente a transmissão dessa variante que, repito, é muito transmissível. É uma obrigatoriedade que o comitê decidiu para proteger o trabalhador e a população”, explicou Camilo na live de sexta-feira.

Máscaras do tipo N95 — Foto: CDC/Pexels

Máscaras do tipo N95 — Foto: CDC/Pexels

Aumento da positividade em Fortaleza

O secretário da Saúde do Ceará, Marcos Gadelha, também comentou sobre o cenário epidemiológico da capital. Fortaleza está com quase 45% da taxa de positividade dos exames de Covid-19 realizados, segundo ele

“Isso significa que de 100 pessoas que fazem o exame, quase metade estão com exames positivos, refletindo exatamente essa alta transmissibilidade dessa variante”, comentou o secretário.

O aumento da positividade também reflete na necessidade de atendimento médico. “A quantidade de atendimento nas unidades básicas de Fortaleza tem aumentado bastante. O número de atendimentos nas UPAs está chegando a quase mil diariamente”, complementou Gadelha.

“Continuamos com aumento muito forte da Covid. A ômicron, variante predominante hoje no Ceará, tem uma agressividade muito grande. Aumento muito grande também assistencial, principalmente nos postos de saúde e UPAs, apesar de a grande maioria dos sintomas serem leves. Dos sintomas mais graves, a grande maioria é dos que não tomaram a segunda dose e dose de reforço”, reforçou Camilo Santana.

G1 CE

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