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Escultura ‘Mulher Rendeira’ é restaurada e retorna à Fortaleza quase um ano após ser encontrada destruída

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A obra, antes de ser destruída, ficava exposta do lado de fora de uma agência bancária no Centro da capital, para onde deve retornar.

A escultura ‘Mulher Rendeira’, obra do pernambucano Corbiniano Lins, foi reconstruída e retornou para Fortaleza, quase um ano após ser encontrada aos pedaços. O monumento, que pesa mais de um tonelada, passou por um longo processo de restauração e deve retornar ao local onde ficava exposta.

No fim de maio de 2020, uma intervenção durante a reforma de um prédio no Centro de Fortaleza gerou reclamações nas redes sociais após o sumiço da escultura. A obra faz parte do acervo do escultor que é também responsável pela estátua de Martim Soares Moreno e Iracema, no Mucuripe. No dia seguinte, já em junho, a escultura foi encontrada aos pedaços.

Escultura 'Mulher rendeira' é encontrada aos pedaços após desaparecer em Fortaleza

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Escultura ‘Mulher rendeira’ é encontrada aos pedaços após desaparecer em Fortaleza

O Banco do Brasil, responsável pela estrutura, informou que a escultura encontra-se em processo de instalação e adequação e, em breve, os cearenses poderão voltar a contemplar a Mulher Rendeira no mesmo local onde originalmente a obra estava exposta, nos jardins da agência Empresa Fortaleza, na Praça do Carmo, em Fortaleza.

O processo de reconstrução foi feito, em Recife, sob responsabilidade de Chico Lins, filho de Corbiniano. A obra chegou em Recife pouco depois de ser encontrada, mas os trabalhos de recuperação só começaram em dezembro do ano passado. Todo o processo levou cerca de três meses para finalizar, com um expediente que envolveu cerca de seis pessoas.

“A gente nunca tinha pegado uma escultura desse porte. Ela não pode nem ser tratada como escultura, realmente é um monumento; que fala da nossa história, do nordestino, através da rendeira”, destaca Chico Lins, que trabalha com restauração das obras do pai, em um ateliê de Recife.

O Banco do Brasil reforçou que a escolha de Chico se deu para garantir a qualidade do reparo e restauração da obra, que realizou todos os procedimentos e tomou todas as medidas necessárias, o que demandou ajustes no prazo de entrega da escultura.

“É super emocionante dar continuidade àquilo que ele deixou para a gente. Depois dela, a gente restaurou mais duas, mas de porte médio. Foi a maior experiência de restauração que a gente fez pelo estado que ela chegou e pelo peso dela também. Foi muito trabalhoso”, complementa Chico Lins.

Contudo, devido à complexidade da obra, Chico pontuou os obstáculos da recuperação como, por exemplo, a procura pelo mesmo alumínio utilizado quando a obra foi construída, para que o material ficasse uniforme depois de finalizado.

“Foi realmente desgastante, porque a gente precisou de muita gente para locomover, não vieram peças, a gente teve de refazer isso também. Algumas partes a gente teve de ir atrás do alumínio, enfim, várias coisas para deixar como era na década de 60”, comenta o filho do autor.

G1 CE

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