Ouvir Rádio: Rádio Senado | Rádio Câmara Fale Conosco

Espancamento e tentativa de feminicídio de paisagista foram premeditados, diz polícia

0

Por Henrique Coelho, G1 Rio

Mulher espancada dentro de casa, no Rio, acredita ter sido dopada por agressor
Jornal Nacional
Mulher espancada dentro de casa, no Rio, acredita ter sido dopada por agressor

Mulher espancada dentro de casa, no Rio, acredita ter sido dopada por agressor

A polícia afirma que o espancamento da paisagista Elaine Caparroz, de 55 anos, foi premeditado. O inquérito policial referente à prisão em flagrante do agressor foi dado como encerrado nesta segunda-feira (25) e Vinícius Serra foi indiciado por tentativa de feminicídio.

“Nós estamos mandando para a Justiça todos os elementos aqui, mas nós não esgotamos esforços em juntar todos os elementos probatórios para tentar manter a prisão desse rapaz. Esse rapaz é nocivo à sociedade, ele não pode viver em sociedade”, disse a delegada da 16ª DP, Adriana Belém.

A titular da delegacia explicou que existe a possibilidade de que a agressão tenha ocorrido por vingança.

“Ele [o agressor]solicitou a amizade dela no Instagram quando o filho, que mora fora do país, postou uma foto com ela. Ela ganhou muitos seguidores e, a partir daí, esse contato começou, em julho”, explicou Adriana Belém.

Elaine Caparroz chega para prestar depoimento à delegada Adriana Belém — Foto: Henrique Coelho / G1Elaine Caparroz chega para prestar depoimento à delegada Adriana Belém — Foto: Henrique Coelho / G1

Elaine Caparroz chega para prestar depoimento à delegada Adriana Belém — Foto: Henrique Coelho / G1

A delegada afirmou que não vê o crime como possível surto psicótico, e acrescentou que Vinícius mordia a vítima, arrancava pedaços e, em seguida, cuspia.

Vítima faz apelo à Justiça

Ao deixar a delegacia, Elaine agradeceu a policiais, pessoas que a socorreram no dia do espancamento e médicos. A vítima também fez um apelo para que a Justiça “ratifique” o trabalho feito pela delegacia e lembrou que muitas mulheres não têm essa oportunidade.

“Espero de coração que isso mude no Brasil e que a Justiça possa dar uma atenção maior, para que a gente possa combater esse tipo de crime e evitar que esses delinquentes fiquem soltos e não paguem, que tenham penas mais rígidas. Não adianta nada você denunciar e depois eles saem, com convívio normal, e depois voltem a cometer novos crimes”, disse Elaine.

Mais cedo, ao chegar na DP, Elaine já tinha dito que iria depor e lutar por justiça “por todas as mulheres que já passaram por isso”.

Em entrevista ao Fantástico neste domingo (24), Elaine também afirmou que tem certeza que o agressor a dopou.

G1

Compartilhe

Deixe um comentário