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#ExposedFortal: após denúncias e repercussão nas redes, dois boletins de ocorrência são feitos sobre caso

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Polícia Civil investiga denúncias de vazamentos de fotos íntimas na internet

Polícia Civil investiga denúncias de vazamentos de fotos íntimas na internet

Após a repercussão nas redes sociais envolvendo denúncias contra suspeitos de divulgarem, sem consentimento, fotos íntimas de garotas em um grupo de WhatsApp, dois Boletins de Ocorrência (B.Os.) foram registrados sobre o caso, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

O vazamento dos chamados ‘nudes’ em um grupo de WhatsApp veio à tona na segunda-feira (22), no Twitter. Por meio da hashtag #ExposedFortal, vários usuários denunciaram jovens fortalezenses que seriam integrantes de um grupo de mensagens no WhatsApp no qual era compartilhado fotos íntimas de meninas.

Conforme um perfil da rede social, os integrantes do grupo avaliavam as fotos, dando notas para as imagens e chegavam a iniciar uma conversa com as vítimas, sobre o ‘nudes’.

Diversos perfis na rede social continuam fazendo publicações sobre o assunto, por meio da hashtag #ExposedFortal. Agora, o alvo das acusações também são professores de Fortaleza.

Vítimas denunciam que tiveram imagens divulgadas sem a permissão  — Foto: Reprodução/Instagram

Vítimas denunciam que tiveram imagens divulgadas sem a permissão — Foto: Reprodução/Instagram

Com publicações de apoio às vítimas, a #ExposedFortal está sendo utilizada para dar continuidade às denúncias contra professores que foram publicadas na internet após a divulgação do vazamento de nudes no WhatsApp supostamente feito por um grupo de jovens.

Um das plataformas utilizadas para publicar denúncias contra docentes é um perfil do Instagram. Com cerca de 36 mil seguidores, a conta passou a publicar vários relatos de assédio que teriam sido cometidos por professores de escolas de Fortaleza contra alunas.

Na rede social, em uma das postagens, várias alunas narram episódios envolvendo um mesmo professor. “Tinham momentos em que ele pegava a minha mão e eu ficava desconfortável, ou ele alisava minha coxa. Por dentro, eu queria morrer e não sabia o que fazer”, explicou uma delas por meio de mensagem.

Casos no interior do Ceará

Encorajados pelo movimento da hashtag #ExposedFortal, usuários do Twitter utilizaram a plataforma na quarta-feira (24) para denunciar crimes sexuais que teriam acontecido em Sobral, no interior do Ceará.

Em uma das denúncias, uma jovem relatou que sofreu tentativa de estupro e assédio sexual. Em um dos casos, o suspeito teria tocado os seios dela, enquanto a vítima fazia uma avaliação física. Ele ainda teria tentado assediá-la em outras oportunidades.

O secretário da SSPDS, André Costa, também utilizou o Twitter para afirmar que a Polícia Civil irá apurar as denúncias de crimes sexuais ocorridos em Sobral. “São crimes inaceitáveis e que marcam para sempre a vida dessas garotas”, destacou.

Jovens de Sobral utilizam redes sociais para denunciar casos de abuso que sofreram — Foto: Reprodução

Jovens de Sobral utilizam redes sociais para denunciar casos de abuso que sofreram — Foto: Reprodução

Investigação

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que o caso de vazamento de fotos íntimas segue sendo investigado pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), na qual os dois B.O.s foram feitos.

O órgão disse também que o caso é acompanhado pelo Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) e pelo Departamento de Inteligência Policial (DIP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).

A Secretaria salientou que as informações levantadas pela Dceca vão de “crimes de ação penal pública incondicionada, que tratam de pessoas que tiveram fotos íntimas expostas sem o seu consentimento, até crimes passíveis de representação por parte da vítima, como é o caso de ameaças”.

O órgão alegou ainda em relação às outras denúncias levantadas na internet, como ameaça, difamação e calúnia, só continuarão a serem investigadas pela Polícia se houver o registro dos casos por meio do B.O.

As denúncias podem ser formalizadas de forma online, na Delegacia Eletrônica (Deletron) ou presencialmente, em uma repartição da Polícia Civil.

O Órgão também que a população pode ajudar nas investigações da Polícia ao repassar informações sobre o ocorrido por meio do por meio do número 181, o Disque-Denúncia da SSPDS, ou ainda para o número (85) 3101-2044, da Dceca. Conforme a Instituição, o sigilo e o anonimato são garantidos.

G1 CE

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