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Fase aguda de epidemia de coronavírus deve durar até julho, diz Mandetta

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante coletiva sobre o novo coronavírus

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante coletiva sobre o novo coronavírus

Foto: Natália André/CNN Brasil

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta terça-feira (17) que a fase mais aguda da epidemia do novo coronavírus vai durar ao menos até julho. Na avaliação do ministro, viveremos entre “60 e 90 dias de muito estresse”, com casos ascendentes do novo coronavírus nos meses de abril, maio e junho.

“Lá para agosto e setembro, sim, estaremos nos tranquilizando, com mais de 50% da população imunizada”, concluiu.  Mandetta, depois da coletiva, participa de videoconferência com planos de saúde.

Mandetta reforçou a necessidade que “filhos cuidem de pais e avós”. O ministro da Saúde afirmou que o Brasil está se espelhando no Reino Unido, onde medidas de restrição intensa do contato com idosos foram adotadas, por ser este o grupo de risco para a COVID-19.

O Ministério da Saúde pretende entregar 1 milhão de testes de diagnóstico do novo coronavírus pelo Brasil todo ao longo dos próximos quatro meses. Nesta semana, além dos 30 mil já ofertados, 5.000 novos exames serão distribuídos. Em abril, mais 40 mil serão repassados.

Os representantes do ministério se negaram a responder perguntas da imprensa sobre recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre o novo coronavírus, principalmente sobre a participação de Bolsonaro nos atos pró-governo no domingo e a declaração sobre fazer uma “festinha de aniversário” no próximo final de semana, dada à rádio Super Tupi. O presidente passou por um novo exame para o COVID-19 hoje.

Balanço de novos casos

O Ministério da Saúde atualizou o número de casos do novo coronavírus até esta terça-feira (17). De acordo com o governo federal, são 291 casos confirmados da COVID-19. Ontem eram 234.

São Paulo segue concentrando o maior número de casos, com 164 diagnósticos confirmados. Na sequência aparecem Rio de Janeiro (33) e Distrito Federal (21).

Dos 291 casos, há 25 decorrentes de transmissão comunitária — ou seja, quando não é mais possível rastrear a origem do contágio. São 17 em São Paulo e oito no Rio.

A média de idade dos infectados é de 42 anos. A maioria é de mulheres, com 51%. Há 28 hospitalizados. A média de internação é de 14 a 21 dias. De acordo com o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Júlio Croda, isso pode indicar um aumento de óbitos daqui para frente, já que há pacientes internados dentro desse período.

O número de casos considerados suspeitos mais do quadruplicou. Agora são 8.819 ocorrências sob investigação, contra 2.064 do boletim de ontem. Segundo Julio Croda, a diferença se explica por uma mudança de critério da pasta.

De acordo com Croda, o Ministério passou a considerar casos que não estavam sendo validados “muito provavelmente pela falta de capacidade dos estados de checar um a um”. “Melhor adotar a classificação automatizada para dar transparência ao número de casos notificados no nosso sistema”, afirmou o secretário.

No início da entrevista coletiva, a plataforma do Ministério da Saúde ainda não contemplava o primeiro óbito relacionado ao novo coronavírus, registrado na capital paulista. Posteriormente, o caso foi incluído no site oficial de acomapanhamento da pandemia.

Atenção ao SUS

O grande desafio, na avaliação de Mandetta, será a gestão do sistema de saúde. O ministro observou que as internações relacionadas à COVID-19 tem durado, em média, 15 dias, o que faz com que um leito hospitalar consiga atender apenas cerca de 2 pacientes por mês.

Mandetta falou sobre as ajudas que serão dadas aos estados. Segundo ele, as unidades federativas devem informar novos leitos instalados para que o custo seja destinado à União. O governo também enviará leitos para os estados.

Nesta primeira etapa, serão 200 leitos adicionais, divididos entre São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Na próxima semana, outros 340 leitos devem ser enviados.

Força de trabalho com médicos mais jovens será reforçada nas unidades de saúde brasileiras. “Além dos residentes, também pegaremos os sextoanistas, dos internatos, jovens estudantes que estão no último ano do curso de Medicina, já que os jovens não fazem parte do grupo de risco da infecção pelo SARS-CoV2”, reforçou o ministro da Saúde.

Mandetta afirmou que decisão saiu depois de conversa com Conselho Federal de Medicina nesta terça-feira. Além disso, os 5.226 médicos inscritos no Mais Médicos também já começarão a trabalhar o quanto antes no combate do novo coronavírus.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta terça-feira (17) que a fase mais aguda da epidemia do novo coronavírus vai durar ao menos até julho. Na avaliação do ministro, viveremos entre “60 e 90 dias de muito estresse”, com casos ascendentes do novo coronavírus nos meses de abril, maio e junho.

“Lá para agosto e setembro, sim, estaremos nos tranquilizando, com mais de 50% da população imunizada”, concluiu.  Mandetta, depois da coletiva, participa de videoconferência com planos de saúde.

Mandetta reforçou a necessidade que “filhos cuidem de pais e avós”. O ministro da Saúde afirmou que o Brasil está se espelhando no Reino Unido, onde medidas de restrição intensa do contato com idosos foram adotadas, por ser este o grupo de risco para a COVID-19.

O Ministério da Saúde pretende entregar 1 milhão de testes de diagnóstico do novo coronavírus pelo Brasil todo ao longo dos próximos quatro meses. Nesta semana, além dos 30 mil já ofertados, 5.000 novos exames serão distribuídos. Em abril, mais 40 mil serão repassados.

Os representantes do ministério se negaram a responder perguntas da imprensa sobre recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre o novo coronavírus, principalmente sobre a participação de Bolsonaro nos atos pró-governo no domingo e a declaração sobre fazer uma “festinha de aniversário” no próximo final de semana, dada à rádio Super Tupi. O presidente passou por um novo exame para o COVID-19 hoje.

Balanço de novos casos

O Ministério da Saúde atualizou o número de casos do novo coronavírus até esta terça-feira (17). De acordo com o governo federal, são 291 casos confirmados da COVID-19. Ontem eram 234.

São Paulo segue concentrando o maior número de casos, com 164 diagnósticos confirmados. Na sequência aparecem Rio de Janeiro (33) e Distrito Federal (21).

Dos 291 casos, há 25 decorrentes de transmissão comunitária — ou seja, quando não é mais possível rastrear a origem do contágio. São 17 em São Paulo e oito no Rio.

A média de idade dos infectados é de 42 anos. A maioria é de mulheres, com 51%. Há 28 hospitalizados. A média de internação é de 14 a 21 dias. De acordo com o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Júlio Croda, isso pode indicar um aumento de óbitos daqui para frente, já que há pacientes internados dentro desse período.

O número de casos considerados suspeitos mais do quadruplicou. Agora são 8.819 ocorrências sob investigação, contra 2.064 do boletim de ontem. Segundo Julio Croda, a diferença se explica por uma mudança de critério da pasta.

De acordo com Croda, o Ministério passou a considerar casos que não estavam sendo validados “muito provavelmente pela falta de capacidade dos estados de checar um a um”. “Melhor adotar a classificação automatizada para dar transparência ao número de casos notificados no nosso sistema”, afirmou o secretário.

No início da entrevista coletiva, a plataforma do Ministério da Saúde ainda não contemplava o primeiro óbito relacionado ao novo coronavírus, registrado na capital paulista. Posteriormente, o caso foi incluído no site oficial de acomapanhamento da pandemia.

Atenção ao SUS

O grande desafio, na avaliação de Mandetta, será a gestão do sistema de saúde. O ministro observou que as internações relacionadas à COVID-19 tem durado, em média, 15 dias, o que faz com que um leito hospitalar consiga atender apenas cerca de 2 pacientes por mês.

Mandetta falou sobre as ajudas que serão dadas aos estados. Segundo ele, as unidades federativas devem informar novos leitos instalados para que o custo seja destinado à União. O governo também enviará leitos para os estados.

Nesta primeira etapa, serão 200 leitos adicionais, divididos entre São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Na próxima semana, outros 340 leitos devem ser enviados.

Força de trabalho com médicos mais jovens será reforçada nas unidades de saúde brasileiras. “Além dos residentes, também pegaremos os sextoanistas, dos internatos, jovens estudantes que estão no último ano do curso de Medicina, já que os jovens não fazem parte do grupo de risco da infecção pelo SARS-CoV2”, reforçou o ministro da Saúde.

Mandetta afirmou que decisão saiu depois de conversa com Conselho Federal de Medicina nesta terça-feira. Além disso, os 5.226 médicos inscritos no Mais Médicos também já começarão a trabalhar o quanto antes no combate do novo coronavírus.

Foto: Natália André/CNN Brasil

 

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