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Febraban alerta para o golpe do falso funcionário de banco

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Relatos nas redes sociais mostram fraudadores que ligam para clientes para tentar transferir dinheiro ou roubar dados

 

Fraudadores estão se passando por funcionários de bancos para dar golpe em clientes. O alerta é da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Há relatos nas redes sociais de vítimas que receberam ligações de supostos bancários que diziam que a conta havia sido invadida, clonada ou bloqueada, para que fornecessem informações confidenciais, dados pessoais, financeiros e senhas.

Uma cliente do banco Itaú disse que a pessoa que ligou chegou a informar até as últimas operações que haviam sido feitas na conta. “Ele disse que a conta havia sido invadida e, por medida de segurança, bloqueada, e pediu para confirmar as últimas operações”, disse.

Segundo a vítima, o suposto funcionário citou as operações, saldo etc. E pediu para ela entrar na área de transferência do aplicativo para desfazer algumas transações. Ele queria que ela fizesse transferências para dar duplicidade e o banco cancelar.
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O Itaú esclarece que ligações recebidas pelos clientes que solicitam qualquer documento, senhas, dados cadastrais e financeiros, estornos ou a realização de transferências não são uma prática da instituição; portanto, os clientes não devem, em hipótese alguma, digitar ou informar senhas no aparelho telefônico quando não efetuaram a ligação de forma ativa e espontânea.

O banco recomenda ao cliente que, caso receba ligação com esse tipo de abordagem ou esteja em dúvida sobre a veracidade do contato, desligue imediatamente e, a partir de outro aparelho telefônico, entre em contato com a central de atendimento ou com seu gerente bancário.

“Com a crescente digitalização da sociedade, os criminosos têm aproveitado o crescimento exponencial das operações digitais para aplicar golpes na população. Destacam-se os crimes que usam a engenharia social, que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões, aos criminosos, ou faça transações em favor das quadrilhas”, afirma a Febraban em nota.

Segundo a instituição, os fraudadores podem até conseguir fazer consultas das movimentações, mas não conseguem realizar transações, porque elas estão protegidas por token, biometria facial ou qualquer outro fator de segurança randômica que o banco ofereça. Por isso, pedem ao próprio cliente que faça uma transferência para supostamente resolver um problema inexistente na conta.

Como funciona o golpe da falsa central de atendimento ou falso funcionário de banco

Como é

O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual ela tem um relacionamento ativo. Informa que sua conta foi invadida, clonada ou outro problema e, a partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima, como senhas, quando podem fazer consultas.

E até mesmo pede à vítima que ligue para a central do banco, no número que aparece atrás do seu cartão, mas o fraudador continua na linha para simular o atendimento da central e pedir os dados da sua conta, dos seus cartões e, principalmente, a sua senha quando você a digitar.

Há também abordagens em que o fraudador orienta o cliente a “estornar” uma transferência ou pagamento, fazer uma transferência para uma conta “segura” a fim de proteger seus recursos ou realizar um teste para checar se a conta está ativa.

Como evitar

Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição por meio dos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta. O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir que realize uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.

O que diz o Itaú

“O Itaú Unibanco tem a segurança e a proteção de dados como prioridades e investe continuamente em tecnologias para o fortalecimento de sistemas, aplicativos e sigilo de informações, além de seguir com rigor todas as diretrizes dos órgãos reguladores.

O banco reforça as orientações para que os clientes se atentem a possíveis tentativas de golpes envolvendo abordagens de falsas centrais de segurança ou falsos funcionários da instituição. Neste sentido, esclarece que ligações recebidas pelos clientes solicitando qualquer documento, senhas, dados cadastrais e financeiros, estornos ou a realização de transferências não são práticas da instituição, portanto, os clientes não devem, em hipótese alguma, digitar ou informar senhas no aparelho telefônico quando não efetuaram a ligação de forma ativa e espontânea. Seguindo rigorosamente essas práticas, os golpistas não terão qualquer forma de acessar ou movimentar indevidamente a conta-corrente do cliente.

Conforme o banco comunica de forma recorrente e por diferentes canais, caso receba ligação com esse tipo de abordagem ou esteja em dúvida sobre a veracidade do contato, o cliente deve desligar imediatamente e, a partir de outro aparelho telefônico, entrar em contato com a central de atendimento ou com seu gerente bancário. Estas e outras orientações de segurança também estão disponíveis no site itau.com.br/seguranca.

O que diz a Febraban

“A FEBRABAN e seus bancos investem constantemente e de maneira massiva em campanhas e ações de conscientização em seus canais de comunicação com os clientes para orientar a população a se prevenir de fraudes. Nas redes da Federação, a comunicação antifraudes e golpes prossegue de forma ininterrupta por meio do site https://antifraudes.febraban.org.br/.

Além da realização de campanhas educativas, os bancos investem cerca de R$ 3 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança — valor que corresponde a cerca de 10% dos gastos totais do setor com TI para garantir a tranquilidade de seus clientes em suas transações financeiras cotidianas.

Os bancos associados também contam com o que há de mais moderno em relação à segurança cibernética e prevenção a fraudes, como mensageria criptografada, autenticação biométrica, tokenização, e usam tecnologias como big data, analytics e inteligência artificial em processos de prevenção de riscos. Estes processos são continuamente aprimorados, considerando os avanços tecnológicos e as mudanças no ambiente de riscos.

Adicionalmente, os bancos também atuam em parceria com forças policiais para auxiliar na identificação e punição de criminosos virtuais.”

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