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Foliões criam estratégias para evitar ‘golpe do cartão’ no carnaval de SP

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Criminosos aplicam golpe do cartão trocado nos blocos de carnaval

Criminosos aplicam golpe do cartão trocado nos blocos de carnaval

Começaram os ensaios dos bloquinhos de carnaval em São Paulo e é preciso ficar a tento aos golpes aplicados por criminosos durante a folia, como o do cartão trocado.

O gerente de marketing Pedro Cavalcanti foi vítima desse tipo de golpe quando comprou cerveja de um ambulante e teve um prejuízo de R$ 300. “Olhei no meu aplicativo e tinha lá um saldo de R$ 300 num saque que eu não tinha realizado, num horário que eu não reconhecia, e foi a partir desse momento que eu percebi que o cartão que estava comigo não era o meu”, conta.

O empresário Fábio Aguiar Lopes teve um prejuízo ainda maior, chegando a R$ 8 mil. Ele também teve o cartão trocado depois de uma compra com ambulante. Nos dois casos o banco não quis ressarcir os valores.

“O banco me disse que não podia estornar o valor porque foram compras com a senha, a senha correta, e eles não tinham o que fazer porque não podiam provar que eu não tinha efetuado aquelas compras”, disse Lopes.

De acordo com os especialistas, ainda não há uma jurisprudência estabelecida na Justiça sobre de quem é esse prejuízo. O Procon defende que o consumidor tem, sim, direito de ser ressarcido.

“Quando o banco coloca no mercado um serviço, ele tem que garantir a segurança do serviço. E a senha, por mais que seja segura, não é infalível, não é à prova de todo o tipo de fraude”, disse Guilherme Farid, chefe de gabinete do Procon.

A Secretaria da Segurança Pública informou que a Polícia Civil investiga esses casos permanentemente. Segundo a Federação dos Bancos, a vítima tem direito de procurar o banco, mas cada instituição tem uma política própria de ressarcimento, que analisa caso a caso.

O que fazer?

O melhor é reforçar a prevenção. Segundo a polícia, os golpistas quase nunca atuam sozinhos.

“Preste atenção no seu cartão, olhe direito a bandeira, verifique se seu nome está ali, porque a troca é comum, e quando você digita a senha aquele cartão não é seu”, afirma Osmario Ferreira, chefe da seção operacional da Polícia Militar de São Paulo.

Uma dica simples para reduzir as chances de troca é aproveitar o clima de carnaval e investir numa “fantasia” também para o cartão, que pode ser tão simples quanto um adesivo para identificá-lo.

O empresário Lemuel Pilnik adotou essa tática depois de ser vítima do golpe e levar um prejuízo de R$ 3 mil. Ainda assim, agora ele só leva dinheiro na folia.

“Só o dinheiro. Dessa forma eu acabo gastando menos e me divirto numa boa, sem precisar me preocupar.”

G1

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