Dados são do boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Fortaleza apresentou no mês de maio um “leve aumento” nos casos de Covid-19, em comparação com o mês de abril, com a média diária mensal saindo de 13,7 para 18,3 mês passado. Apesar do crescimento, a mortalidade pela doença é “muito baixa”, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgado na última segunda-feira (30).
Segundo o documento, entre os dias 23 a 29 de maio, a proporção de positividade das amostras (RT-PCR) de residentes na capital, analisadas pelos laboratórios da rede pública, foi de 4,8%. Mesmo com o aumento de um mês para o outro, a média móvel atual dos últimos sete dias, de 12,4 casos, é inferior à registrada duas semanas atrás, quando atingiu 20,6 casos.
“Com o pequeno número de casos diários, entramos em um período de estabilização, embora tenha havido discreto aumento em maio. […] O cenário epidemiológico continua ainda de baixa transmissão, após o fim da terceira onda epidêmica”, diz no documento.
Durante a terceira onda da doença, iniciada em dezembro de 2021, com a dominância da variante ômicron, Fortaleza chegou a registrar média móvel de 3.476 casos no dia 19 de janeiro de 2022, considerado um dos mais mais elevados registros da pandemia na capital.
‘Óbitos são eventos raros’
De 1º a 31 de maio, foram registrados 584 casos e 4 mortes por Covid no mês passado. Em abril, foram 461 casos e 14 óbitos.
Ainda de acordo com o boletim da SMS, entre 23 a 29 de maio, período de análise do documento, nenhum óbito foi confirmado no município. Se considerado desde o último registro do óbito na plataforma IntegraSUS, Fortaleza está há 22 dias sem óbitos por Covid.
“A média móvel de mortes dos últimos sete dias foi, portanto, estimada em zero (0,0). Atualmente, alcançamos um estágio de muito baixa mortalidade. Óbitos são eventos raros”, afirma o boletim.
Bairros com mais casos e óbitos
O boletim apresenta ainda um mapa de calor dos casos de 2022 caracteriza-se, principalmente, pela formação de um grande aglomerado de alta intensidade nos bairros de alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Os locais com maior aglomeração de casos na capital parte do Bairro Meireles na zona litorânea central, expandindo-se ao sul para os bairros Aldeota, Dionísio Torres, Joaquim Távora e Fátima, e a leste para os bairros Papicu, Cidade 2.000 e Cocó (populações com maior acesso aos testes diagnósticos).
Já o mapa de calor dos óbitos por Covid ocorridos na capital apontou dispersão espacial das fatalidades, com 809 eventos georreferenciados.
As exceções mais importantes são os aglomerados de alta intensidade que ocupam os bairros Joaquim Távora, Meireles/Aldeota (maior aglomerado), Montese, Padre Andrade/Presidente Kennedy, Barra do Ceará e Prefeito José Walter/Planalto Ayrton Senna. A região sudeste (Regional VI) continua sem concentração significativa de óbitos.
G1 CE
