Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Duas vítimas do massacre na escola de Suzano recebem alta
Na manhã deste sábado (16), mais dois adolescentes feridos no massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, receberam alta. Murillo Gomes Louro Benite, de 15 anos, recebeu alta no início da noite de sábado. O ataque deixou oito mortos na última quarta-feira (13).
Samuel Silva Félix e José Vitor Ramos estavam internados no Hospital Santa Maria, em Suzano, e foram liberados. Samuel foi o primeiro a deixar o hospital. José Vitor saiu logo em seguida, por volta das 9h. Ele foi ferido por um machado no ombro e deu entrevista ao deixar o hospital (veja no vídeo abaixo).
José Vitor Ramos Lemos – Aluno que levou golpe de machado sobrevive a ataque em escola de Suzano. — Foto: Reprodução/TV GLobo
Em São Paulo, uma adolescente ferida deixou a UTI do Hospital das Clínicas e segue na enfermaria da unidade. Quadro de saúde dela é estável.
Veja o quadro de saúde dos feridos
- Adna Isabella Bezerra de Paula, 16 anos, transferida do PSM Suzano para o HC/FMUSP – saiu da UTI, estável, segue internada na enfermaria.
- Anderson Carrilho de Brito, 15 anos, transferido do PSM Suzano para o HC/FMUSP – estável, na UTI.
- Jenifer da Silva Cavalcante, 15 anos – HC Luzia de Pinho Melo, saiu da UTI, estável, segue internada.
- Leonardo Martinez Santos, 16 anos – socorrido ao HC Luzia de Pinho Melo – estável; passou por cirurgia, sem intercorrências e segue internado.
Sobrevivente lutou contra assassino
Aluna de Suzano conta como lutou com assassino em escola estadual
Uma das sobreviventes, Rhyllary Barbosa dos Santos, de 15 anos, que é lutadora de jiu-jítsu, contou que lutou contra um dos assassinos.
Ela ainda conseguiu abrir a porta de entrada e da escola para que outros estudantes pudessem escapar. Mas Rhyllary recusa o título: “Sou apenas uma sobrevivente”. (Veja a entrevista acima)
Arma falha e adolescente sobrevive
Gabriel Martins Margarida, 16 anos, sobrevivente do massacre na escola em Suzano — Foto: Arquivo pessoal
Gabriel Martins Margarida, 16 anos, disse que sobreviveu porque a arma de um dos assassinos falhou. No momento do ataque, Gabriel conta que estava com dois amigos: um deles segue internado e o outro morreu.
De acordo com o adolescente, o assassino chegou perto dele e dos colegas e começou a atirar, acertando três tiros no amigo. “Ele estava a mais ou menos um metro de distância de mim”, diz. Neste momento, diz Gabriel, as balas do revólver acabaram.
“Foi aí que o assassino virou de costas para recarregar a arma e virou para nós novamente. Ele mirou em mim, quando foi pra atirar, a arma falhou”. O estudante conta que naquela hora imaginou que fosse morrer. “Foi um momento de desespero sem reação do que fazer.”
Ataque
Um adolescente e um homem encapuzados atacaram a Escola Estadual Raul Brasil na manhã de quarta-feira (13) e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias do colégio.
Pouco antes do massacre, a dupla havia matado o proprietário de uma loja da região, tio de um dos assassinos.
Após os ataques, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou.
Os assassinos, de 17 e 25 anos, eram ex-alunos do colégio. A polícia diz que os dois tinham um “pacto” segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam. Ainda não se sabe a motivação do massacre.
As aulas foram suspensas e devem ser retomadas na segunda-feira (18).
Coragem de professores de Suzano impediu que a tragédia fosse maior
Ataque em escola de Suzano — Foto: Juliane Monteiro/G1