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Marcello Siciliano diz que ação da polícia é uma ‘covardia’ contra sua família e de Marielle

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Por Matheus Rodrigues, G1 Rio


Vereador do Rio, Marcello Siciliano, prestou depoimento — Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil Vereador do Rio, Marcello Siciliano, prestou depoimento — Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Vereador do Rio, Marcello Siciliano, prestou depoimento — Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Após mais de 5 horas prestando depoimento, o vereador Marcello Siciliano (PHS) deixou na tarde desta sexta-feira (14) a Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio. Ele afirmou que “mais do que ninguém” busca a verdade sobre as circunstâncias da morte da vereadora Marielle Franco, assasinada há nove meses.

Nesta sexta, a polícia fez nova operação de busca e apreensão na casa do vereador. Antes de entrar para depor, ele já tinha afirmado que estava “indignado com essa acusação maligna que fizeram” a seu respeito”.

Ao deixar a DP, aos jornalistas, ele afirmou que deixou seu celular pessoal na delegacia para colaborar com as investigações. Ele disse ainda que estava passando por uma vergonha e considerou a ação desta sexta-feira uma covardia contra a sua própria família e a família de Marielle.

“Eu vim espontaneamente, desbloqueei meu telefone e entreguei. Eu estou à disposição para tudo e para todos. Eu, mais do que ninguém, quero a verdade nisso. Nunca me neguei a nada, desde quando fui acusado por esse bandido [o delator que o acusou de envolvimento com o crime]. Eu fui à delegacia e me deixei à disposição. Quis ter acesso aos autos e não tive acesso, através dos advogados, porque disseram que eu era testemunha. Permaneço como testemunho há 7 meses e to aqui passando vergonha, expondo minha família, expondo meus filhos. Isso é uma coisa covarde contra a verdade da morte da Marielle. Não só com a minha família, mas com a família dela”, disse.

Marcello Siciliano disse que manteve sua vida normal ao longo de toda a investigação. Ele chegou a ser apontado por uma testemunha como o responsável por planejar a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes.

“Sempre estive ao lado para que a verdade aparecesse. Mais do que nunca, eu tenho certeza que vai aparecer. Minha vida está toda aí, pegaram tudo que é meu, nunca escondi nada. Mantive minha vida normal nos últimos sete meses[desde que prestou depoimento pela primeira vez]e está aí”, disse.

O vereador disse ainda que a testemunha que o citou na investigação não tem credibilidade nenhuma. Além disso, Marcello se disse surpreendido com as buscas em sua casa “nas vésperas do fim da Intervenção Federal”.

“Eu fui surpreendido com isso que aconteceu hoje cedo. Vim aqui me colocar à disposição da Justiça como fiz anteriormente quando fui acusado por uma pessoa sem credibilidade nenhuma, o processo se arrasta há sete meses desde quando fui acusado e hoje, ‘aos 44 do segundo tempo’, quando a Intervenção [Federal] está para acabar, eles fazem uma busca na minha casa”, disse o vereador, completando que não tem envolvimento com qualquer tipo de crime.

“Não tem acusação contra mim. Eu nunca participei de grilagem, nunca participei de nada”, acrescentou. Nesta sexta, o secretário de Segurança Pública do Rio, Richard Nunes, afirmou, em entrevista ao jornal “Estado de S.Paulo”, que a vereadora Marielle Franco foi morta por milicianos que viam nela uma ameaça a negócios de grilagem de terras na Zona Oeste do Rio.

G1

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