No cargo como vice de FHC, o pernambucano ficou conhecido pela discrição e por respeitar as prerrogativas da função. Antes, havia sido importante membro da base civil da ditadura militar.
Equipe Focusfocus@focus.jor.br
Morreu neste sábado, 12, o ex-vice-presidente da República Marco Maciel. Aos 80 anos, estava internado em um hospital do DF desde o dia 29 de março. A causa do falecimento não foi divulgada pela família. Em 2014, o político pernambucano foi diagnosticado com Alzheimer.
O corpo de Maciel será velado nesta tarde no Senado Federal, Casa a qual pertenceu e teve grande influência nos rumos da política brasileira. O sepultamento está previsto para o fim do dia no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, conforme divulgado pelo G1.
Um dos articuladores do processo de redemocratização do Brasil, Maciel exerceu o mandato de vice-presidente durante os dois governos de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 a 2003. É até hoje apontado como um vice exemplar por sua postura discreta e absolutamente voltada ao respeito às prerrogativas do cargo.
Como vice e, antes, senador por Pernambuco, Maciel foi do PFL, que fez a aliança de centro-esquerda com o PSDB e elegeu FHC nas eleições de 1994. Porém, Maciel foi importante membro civil da base política da ditadura militar. Governou Pernambuco ainda filiado ao antigo PDS, que gerou o PFL e depois o DEM.
Políticos, como ACM Neto, o vice-presidente, Hamilton Mourão, o governador João Doria (PSDB), e os ex-ministros Ciro Gomes (PDT-CE) e Mendonça Filho (DEM-PE), lamentaram a morte do político.
Em suas redes sociais, Ciro escreveu que lamentar a morte do ex-vice-presidente do Brasil, Marco Maciel. “Homem decente e de espírito publico, dignificou as melhores tradições pernambucanas na política brasileira. Meus sentimentos à família e amigos”.
