Ouvir Rádio: Rádio Senado | Rádio Câmara Fale Conosco

Mourão acusa aliados de Bolsonaro de “intriga palaciana”

0
Presidente Jair Bolsonaro e vice-presidente Hamilton Mourão Foto: VPR/Bruno Batista

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (4), que existe “certa incompreensão” no seu relacionamento com o presidente Jair Bolsonaro fruto de “intrigas palacianas”. Mourão citou que parte dos assessores do chefe do Planalto “distorcem fatos” sobre as ações realizadas pela vice-presidência.PUBLICIDADE

– Muitas vezes há incompreensão de parte de alguns assessores do próprio presidente que procuram distorcer fatos e levar uma outra realidade em relação às ações que eu tenho procurado realizar – disse em entrevista ao jornalista e advogado Paulo Roque.

Leia tambémMourão: ‘Bolsonaro irá cumprimentar Biden no momento certo”
Mourão condena reeleição de Maia e Alcolumbre: ‘Não pode’
‘Professores de universidade estão exaustos por excesso de vagabundagem’
Ex-presidente do STF critica reeleição de Maia e Alcolumbre
Após 12 dias internado, Osmar Terra tem alta e deixa o hospital

Mourão ressaltou que seu relacionamento com o presidente é baseado na “lealdade e disciplina intelectual”. Ao citar que guia seu trabalho para assessorar Bolsonaro “na difícil tarefa de governar o país”, o vice-presidente foi questionado se estava conseguindo realizar a tarefa.

– Em muitos aspectos sim (consigo ajudar), outros muitas vezes há uma certa incompreensão, mas isso, eu coloco sempre, é fruto das intrigas palacianas que são comuns em todo e qualquer governo – disse.

Na visão de Mourão, “o vice-presidente tem que ter a disciplina intelectual para entender quais são as linhas mestras traçadas pelo titular do governo”.

– O vice-presidente, apesar de ter nomezinho na urna, vem como força de acompanhamento, mas não como ator principal desse filme – comentou.

Recentemente, Mourão e Bolsonaro divergiram sobre assuntos relacionados à vacina contra a Covid-19 e às eleições nos Estados Unidos. O vice-presidente destacou que lida com os “ruídos” na relação com Bolsonaro “da forma mais calma possível”.

– Eu tenho sido extremamente leal nas minhas atividades, extremamente coerente na minha maneira de pensar e na maneira de buscar assessorar o presidente. Há um ruído, a gente espera que passe e aí a gente acomoda as coisas, sem fazer daquilo um cavalo de batalha, sem transformar esse ruído em algo muito maior do que ele é, um mero ruído – ponderou.

*Estadão

Compartilhe

Deixe um comentário