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Novo tem recorde de filiações desde a chegada de Deltan à sigla

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Filiação do ex-deputado federal motivou centenas de novas adesões ao partido

O Novo teve o maior número de filiações em um único mês no partido desde junho de 2019. Foram 1.720 novos membros em outubro, primeiro mês após a chegada do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR) à sigla. Com o mandato cassado, a função de Dallagnol é atuar como “embaixador” da legenda e atrair novas pessoas para a sigla.

A maior parte da comunidade jurídica considera que ele está inelegível por oito anos. O ex-procurador da Lava Jato poderia recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas desistiu. Além de filiados para engrossar as fileiras da base do Novo, Dallagnol tem como tarefa atrair lideranças políticas que possam disputar cargos nas urnas. Após uma conversa com ele, a jornalista Carla Cecato anunciou seu retorno à sigla.

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O Novo teve média de 711 novos filiados de janeiro a setembro deste ano. A meta é chegar a seis mil filiados apenas no mês de novembro. Para isso, quem levar mais pessoas para a legenda ganhará prêmios que vão desde livros autografados até uma viagem para São Paulo que inclui mentoria com Dallagnol e o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro. Atualmente, o partido tem cerca de 36 mil membros.

Em entrevista recente ao Estadão, João Amoêdo, que deixou o partido que presidiu e ajudou a fundar, criticou a filiação de Dallagnol, questionou o salário de R$ 41 mil pago ao ex-deputado e disse que o Novo se tornará irrelevante.

– Um dos principais argumentos era que o Novo era um partido ficha limpa, inclusive para os filiados. E o Novo está mudando o estatuto e já está aceitando gente que não seja ficha limpa – declarou Amoêdo na ocasião, em referência a Dallagnol.

– Qual vai ser a função? Vai ser só nas redes sociais com o Deltan tentando divulgar o Novo? Me parece que é um gasto desnecessário, mas vai muito na linha do que está o partido hoje, que é buscar ter alguma relevância, mas sem ter muitas entregas – continuou o ex-presidente do Novo.

A declaração gerou reação do presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, que afirmou que sobrou a Amoêdo “criticar o próprio partido”.

– Gostaria que ele encontrasse uma causa mais digna, que encontrasse um partido que pudesse ser aceito – disse.

João Amoêdo iniciou o processo de rompimento com o Novo ao se voltar contra Jair Bolsonaro e apoiar Lula. A partir desta inclinação, sua manutenção na legenda ficou insustentável, já que desagradou a grande maioria de seus correligionários.

*Com informações AE

PLENO NEWS

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