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Opinião: ‘Não paira mais desconfiança sobre Dias Toffoli. Paira vergonha’

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José Antonio Dias Toffoli, o ministro Dias Toffoli — como escolheu ser chamado desde que recebeu a toga do Supremo Tribunal Federal, há 11 anos, para substituir Carlos Alberto Menezes Direito —, sempre conviveu com a desconfiança. No meio jurídico, a crítica é que seu currículo não o credencia à cadeira, especialmente no quesito “notável saber jurídico”. No meio político, o laço inexorável com o PT, partido para o qual advogou, e o cargo de advogado-geral da União nos anos Lula falam por si sós.

Eis que ao longo do biênio em que esteve na cadeira acumulou mais sombras — e mais desconfiança — sobre sua atuação como o chefe do Poder que guarda a Carta, como mostra a coletânea de alguns de seus piores momentos feita por Oeste.

Nesta semana, contudo, a revista Crusoé publica uma reportagem devastadora. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, Marcelo Odebrecht, que já esteve no trono de principal empreiteiro do Brasil, liga Toffoli à maior engrenagem criminosa já engendrada no país: o petrolão e suas infindáveis e infames ramificações. Um detalhe causa ainda mais espanto: em abril do ano passado, o Supremo censurou a Crusoé. Na ocasião, a revista publicou que Toffoli era tratado como o “o amigo do amigo de meu pai”.

Não paira mais desconfiança sobre Dias Toffoli. Paira vergonha — entre outras palavras que o fariam censurar também este comentário.

/Revista Oeste

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