Por Átila Varela
A Petrobras e as empresas Casa dos Ventos e TotalEnergies fecharam acordo para visualizar projetos de energias renováveis a longo prazo. Nesse sentido, foi assinado um memorando não vinculante para avaliar futuros empreendimentos.
Em resumo, o objetivo é desenvolver estudos conjuntos para estudar possibilidades de negócios com eólicas onshore e offshore, solar e hidrogênio de baixo carbono no País.
Cada empresa vai utilizar sua expertise para fomentar os negócios. O acordo tem validade de dois anos.
“A Petrobras dá mais um passo relevante em direção à transição energética justa e inclusiva com esse novo acordo com a TotalEnergies e a Casa dos Ventos, dois pesos-pesados em energias renováveis. Nosso propósito é atuar em conjunto com grandes players para deslanchar investimentos em negócios de baixo carbono, encorpando o cenário de pesquisa tecnológica e novos negócios no país. Caso sejam viáveis e venham a ser implementados, essas iniciativas irão contribuir decisivamente para o aumento da oferta de energias renováveis no mercado brasileiro”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em fato relevante.
Vale lembrar que a Petrobras e a TotalEnergies já são parceiras. Elas exploram juntas os campos de Mero, Iara, Atapu e Sépia.
Viabilidade dos projetos offshore
A Petrobras também comunicou ao mercado sua intensão de explorar dez áreas para a produção de energia offshore, sendo três no Ceará. Deixou claro que o objetivo é avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de áreas antes de realizar qualquer investimento. Citou o pedido de licenciamento ambiental junto ao Ibama.
“Esse tipo de solicitação junto ao Ibama não significa uma decisão de investimento, nem garante o direito sobre as áreas, o que deve acontecer somente após processo a ser conduzido conforme a regulação em discussão no âmbito do Congresso Nacional”, destacou.
Veja abaixo a análise da estatal:
“Após a obtenção de outorga sobre as áreas, será avaliado o desenvolvimento de projetos que serão submetidos às instâncias competentes da companhia, com todos os requisitos necessários de demonstração de viabilidade técnicoeconômica. Especificamente para projetos de geração renovável, como as eólicas offshore, a obtenção de contratos de energia, no mercado livre ou via leilões de energia, será um dos fatores necessários para definir a viabilidade dos projetos.
A companhia intensificará as medições de potencial eólico, utilizando dispositivos instalados em suas plataformas fixas e a tecnologia Bravo (Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore), que vem sendo desenvolvida em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER). Além da medição do recurso eólico offshore, a Petrobras reunirá as principais informações ambientais provenientes dos estudos já realizados no ambiente marinho brasileiro. A utilização dessas sinergias visa identificar e definir quais as melhores áreas para o aproveitamento do recurso eólico offshore no Brasil, promovendo vantagem competitiva à Petrobras após o estabelecimento do marco regulatório do setor.”
