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PF aciona superintendências para reunir denúncias de fraudes em urnas após ministro desafiar Bolsonaro

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A direção da Polícia Federal notificou as 27 superintendências orientando investigação e direcionamento das informações à Diretoria de Combate ao Crime Organizado

A direção da Polícia Federal (PF) enviou uma ordem às 27 superintendências regionais no Brasil pedindo que as sedes forneçam à Diretoria de Combate ao Crime Organizado (Dicor) todas as denúncias de fraudes na urna eletrônica desde a sua implementação, em 1996. A informação é da coluna de Malu Gaspar para O Globo.

Segundo o site, o comunicado foi enviado no sistema interno da polícia pouco tempo depois de uma entrevista do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, que desafiou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a apresentar provas de fraude nos resultados da urna eletrônica nas eleições de 2018.PUBLICIDADE

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“Nunca houve fraude documentada, jamais. Se o presidente da República ou qualquer pessoa tiver alguma prova de fraude ou de impropriedade tem o dever cívico de entregá-la ao Tribunal Superior Eleitoral. Estou esperando de portas abertas e de bom grado”, disse Barroso à CNN Brasil.

PEC do voto impresso

O pedido teria sido recebido pelos superintendentes regionais da PF às 10h24m, cerca de duas horas após o encerramento da entrevista, por volta das 8h30m. A solicitação foi justificada pela “recente criação da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição 135-A, de 2019, da deputada Bia Kicis (PSL-DF), a chamada “PEC do Voto Impresso”, e ainda pela “necessidade recorrente de consolidar, no âmbito deste Serviço de Repressão a Crimes Eleitorais, todos os dados referentes à denúncias de fraudes eleitorais desde a implantação da urna eletrônica em 1996”.

Ao O Globo, a assessoria de imprensa da PF disse que a polícia não recebeu nenhum pedido oficial vindo nem da comissão da Câmara que discute o projeto nem do TSE, mas que soube que haveria um pedido e decidiu se antecipar. O requerimento para que as informações fossem solicitadas à PF, no entanto, só foi aprovado na comissão especial à tarde, quando a consulta aos superintendentes já tinha sido feita.

Apesar das justificativas, a atitude do diretor da PF foi lida como uma tentativa de sustentar a teoria de Bolsonaro de que houve fraudes nas eleições vencidas por ele.

OPOVO

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