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PGR achou contas secretas de suposto operador de Renan, via Panamá

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Tantas vezes anunciado como prestes a ocorrer, o momento em que surgirão provas no âmbito da Operação Lava Jato capazes de ameaçar definitivamente a vida pública do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) parece cada vez mais próximo. Um acordo entre instituições brasileiras e do Panamá já teriam localizados contas secretas de um acusado de ser um dos principais operadores do alagoano que já presidiu o Senado por quatro períodos.

Renan é réu por peculato desde dezembro de 2016, na ação penal em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se ele fraudou um empréstimo de uma locadora de veículos para justificar o pagamento da pensão de sua filha. E já responde a mais de uma dezena de inquéritos e denúncia no âmbito da Lava Jato, apesar de repetir que confia no arquivamento de todo esse volume de processos, por falta de provas.

PGR apura rastro da propina que seria de Renan (Foto: Dida Sampario/EC)

Mas de acordo com o jornalista Diogo Escosteguy, da Revista Época, a Procuradoria Geral da República está prestes a superar as dificuldades de encontrar provas que liguem o senador as propinas que lhes são atribuídas pelos procuradores. Porque quatro contas secretas de um suposto operador de Renan foram localizadas, através da parceria com o Panamá.

“Os investigadores da Lava Jato, frustrados com as dificuldades em provar a ligação do senador Renan Calheiros, do PMDB, com a propina nos órgãos públicos que estavam sob influência dele, finalmente tiveram boas notícias. Graças a um acordo com o Panamá, localizaram quatro contas secretas de um dos principais operadores do senador. As contas, segundo as informações já disponíveis, recebiam dinheiro sujo. Não ficam no Panamá”, diz a nota publicada na coluna Expresso, do site da revista Época.

Renan vive seu pior momento de popularidade, em Alagoas, onde eleitores demonstram não ter interesse em reelegê-lo. O desgaste é tanto que Renan antecipou a campanha, desde que deixou a presidência do Senado, em fevereiro, e teve que renunciar à liderança do PMDB no Senado, após usar eleitoralmente o cargo para reconquistar eleitores com discurso de oposição ao presidente Michel Temer. E usou até a tragédia das chuvas em Alagoas para aparecer em um raríssimo momento de contato direto com o eleitor, ao distribuir cestas básicas para vítimas das enxurradas, entre o fim de maio e junho.

Diário do Poder

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