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Polícia e MPRJ cumprem mandado para apreender celulares na casa de ex-vereador que escondia dinheiro na banheira

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O ex-vereador Paulo Igor é suspeito de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação — Foto: Divulgação/Câmara MunicipalO ex-vereador Paulo Igor é suspeito de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação — Foto: Divulgação/Câmara Municipal

O ex-vereador Paulo Igor é suspeito de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação — Foto: Divulgação/Câmara Municipal

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil cumprem, nesta segunda-feira (1º), mandado de busca e apreensão na casa do ex-vereador Paulo Igor Carelli, que teve R$ 155 mil e 10.300 dólares encontrados na banheira. A operação acontece em Petrópolis, Região Serrana do Rio.

Segundo as investigações, o acusado de desviar de R$ 1,4 milhão de recursos públicos do município tinha a intenção de ocultar provas ao desinstalar um aplicativo de mensagens do celular. A nova denúncia foi apresentada à Justiça no dia 22 de fevereiro pela Subprocuradoria-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos do MPRJ.

G1 entrou contato com a defesa do ex-vereador Paulo Igor por e-mail e aguarda um posicionamento.

Paulo Igor ficou preso em Bangu 8 por cerca de cinco meses e deixou a prisão em setembro do ano passado após conseguir um habeas corpus.

Presidente da Câmara de Vereadores de Petrópolis é preso com dinheiro dentro de banheira
Bom Dia Brasil
Presidente da Câmara de Petrópolis foi preso com dinheiro dentro de banheira

Presidente da Câmara de Petrópolis foi preso com dinheiro dentro de banheira

O objetivo da nova fase da Operação Caminho do Ouro é apreender celulares e equipamentos eletrônicos, “com a quebra de sigilo de mensagens e dados de informática”, de acordo com informações do MPRJ, que atua com a Coordenadoria de Investigações de Agentes com Foro – CIAF, da Polícia Civil.

O MPRJ aponta que, em 11 de janeiro de 2019, durante o cumprimento de outro mandado na casa de Paulo Igor, no bairro Morin, em Petrópolis, ele “embaraçou as investigações de infrações penais que envolvem organização criminosa da qual é integrante”.

Ainda de acordo com as investigações, Paulo Igor desinstalou o aplicativo de comunicação por mensagens do aparelho celular após ser comunicado da execução de uma ordem judicial.

“Ao agir dessa forma, o denunciado teve a intenção de dificultar o acesso dos órgãos de persecução penal aos indícios e às provas certamente presentes no seu telefone sobre os crimes de corrupção passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude em licitação nos quais está envolvido”, pontua a nota enviada à imprensa pelo Ministério Público Estadual.

Caminho do Ouro

Vereador Paulo Igor foi preso dentro de casa, no bairro Morin — Foto: Alyssa Gomes/Inter TVVereador Paulo Igor foi preso dentro de casa, no bairro Morin — Foto: Alyssa Gomes/Inter TV

Vereador Paulo Igor foi preso dentro de casa, no bairro Morin — Foto: Alyssa Gomes/Inter TV

A Operação Caminho do Ouro foi deflagrada em abril do ano passado e resultou na prisão do então presidente da Câmara, Paulo Igor. A ação também tinha como alvo o vereador Luiz Eduardo Francisco da Silva, conhecido como Dudu. Ele não chegou a ser preso porque não foi encontrado. Dudu ficou foragido até conseguir um habeas corpus concedido pela Justiça.

Em setembro, Dalle Schmid, advogada de defesa de Dudu, informou que “ele não se entregou porque entende que é inocente e que a prisão não era cabível”. Ela disse ainda que dentro de um prazo legal vai entrar com uma ação para que Dudu retorne ao mandato de vereador.

Na mesma operação, também foram apreendidos cerca de R$ 239 mil em espécie na residência do denunciado Wilson da Costa Ritto Filho,empresário que respondia pela Elfe Soluções em Serviços LTDA, sociedade que foi favorecida em licitação fraudulenta ocorrida na Câmara Municipal de Petrópolis.

O Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE/MPRJ), constatou, por exemplo, sobrepreço de R$ 1 milhão em contrato com a Elfe, além de mais de R$ 400 mil de superfaturamento na contratação da Crystal Service Conservação, entre outras irregularidades.

Resposta Elfe

Por meio de nota, a empresa informou que está prestando prontamente todos os esclarecimentos solicitados pela Justiça, desde que tais investigações se iniciaram, há mais de cinco anos.

A empresa afirmou que os fatos relatados datam de 2013, mas desde 2012 a Elfe já não era mais prestadora de serviços, pois foi quando se encerrou o referido contrato com a Câmara Municipal de Petrópolis.

Desde então, a empresa disse que não possui mais nenhum contrato com qualquer órgão da administração pública direta.

Em 2016, já sob nova administração, a empresa afirmou que foi a primeira de seu setor, no Brasil, a obter as certificações ISO de sistemas de compliance e antissuborno.

A Elfe disse ainda que o empresário citado pela reportagem se afastou da empresa em agosto de 2015.

G1

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