Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br
No mesmo período em que o senador Cid Gomes defendeu que o seu PDT inclua o PT nas alianças para a disputa pela Prefeitura de Fortaleza em 2020, o petismo fechou questão a favor de candidatura própria da sigla na Capital. A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, veio a Fortaleza para fechar essa posição e deixar claro o caminho do partido na Capital. Os fatos em paralelo ocorreram entre a quinta e sexta-feira passados.
No mercado político, a leitura é que o PT agiu rapidamente para não dar fôlego às articulações de Cid Gomes que certamente envolvem o peso do governador Camilo Santana no âmbito do partido. O problema de Camilo é que parte da cúpula nacional do partido o tem muito mais como um membro do grupo político de Cid e Ciro Gomes do que como um petista clássico. As posições dos Ferreira Gomes no segundo turno de 2018 e as críticas constantes dirigidas ao PT deixaram rusgas que dificilmente serão superadas.
Recentemente, Camilo Santana, em função dos 40 anos do PT, se manifestou em redes sociais sugerindo que o partido deveria fazer autocrítica numa clara relação aos casos que envolveram petistas coroados com o noticiário policial. Essa linha, que, dias atrás, também foi defendida pelo ex-ministro Tarso Genro, foi duramente repelida na festa de aniversário da sigla.
Ao martelar o prego e virar a ponta pela tese da candidatura própria em Fortaleza, pode-se dizer, com baixíssima margem de erro, que a candidatura da ex-prefeita Luizianne Lins é fato praticamente consumado. É que a correlação de forças internas lhe é francamente favorável. Portanto, só uma significativa virada política pode mudar esse rumo.
Pré-candidato contra Luizianne, o vereador Guilherme Sampaio deixa antever o quadro que se formou no interior do partido: “Penso que as posições do [deputado Federal]Guimarães, do [do deputado Federal]Zé Aírton e da [Deputada Federal] Luizianne, criam uma correlação de forças internas que limitam a discussão de outras estratégias. Minha posição como Presidente [do PT de Fortaleza], independente de qualquer outra possibilidade, é de coordenar democraticamente o processo”.
Ou seja, Guilherme reconhece que há uma posição majoritária envolvendo a candidatura de Luizianne à prefeita. “Minha opinião pessoal é que qualquer nome do PT deve ter como pressuposto gerar o máximo de unidade, ou ,no mínimo uma forte maioria, para enfrentarmos com força o momento de retrocessos políticos do país e apresentarmos uma alternativa de gestão a cidade . A definição final nesse sentido vira no calendário que será aprovado”, finaliza o vereador.
Vejam o vídeo com Gleisi, Luizianne, Guilher, Guimarães e José Aírton
