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Quem é Luís Pitarma, enfermeiro português elogiado por Boris Johnson após internação para tratar Covid-19

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Luis Pitarma, enfermeiro português que tratou o primeiro-ministro Reino Unido, Boris Johnson, que teve Covid-19 — Foto: Reprodução/FacebookLuis Pitarma, enfermeiro português que tratou o primeiro-ministro Reino Unido, Boris Johnson, que teve Covid-19 — Foto: Reprodução/Facebook

Luis Pitarma, enfermeiro português que tratou o primeiro-ministro Reino Unido, Boris Johnson, que teve Covid-19 —

De acordo com o jornal português “Correio da Manhã”, Pitarma estudou enfermagem em Lisboa, entre 2009 e 2013. E, segundo seu perfil em uma rede social, o enfermeiro também fez um curso de dois anos em uma universidade da Finlândia, além de dois cursos em Londres para se especializar enfermeiro em unidades de terapia intensiva (UTI).

O primeiro emprego que ele registrou na área foi no Reino Unido. Ele trabalha no NHS, o sistema público de saúde do país, desde junho de 2014.

Hoje ele é enfermeiro sênior no hospital St. Thomas, que também é do NHS. Ele dá assistência a pacientes que são submetidos a oxigenação extra-corporal.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, publicou um comunicado no qual ele relatou uma conversa com Pitarma.

“O presidente da República sublinha o especial reconhecimento apresentado hoje pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ao enfermeiro português Luís Pitarma pelo seu trabalho e vigilância durante o internamento nos cuidados intensivos.”

O pronunciamento de Johnson

O primeiro-ministro agradeceu uma série de profissionais, mas pediu licença para mencionar especialmente dois enfermeiros “que ficaram à beira da minha cama por 48 horas quando as coisas poderiam ter tomado qualquer um dos rumos. Eles são Jenny, da Nova Zelândia, e Luís, de Portugal, perto de Porto”.

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“O motivo pelo qual o meu corpo voltou a ter oxigênio foi porque por cada segundo da noite eles estavam olhando e eles estavam pensando e se preocupando e fazendo as intervenções que eu precisava”, disse ele.

Imigrantes na Inglaterra pós-Brexit

No fim de janeiro deste ano, oficializou-se o Brexit, a saída do Reino unido do bloco da União Europeia. Johnson foi um apoiador da retirada desde o princípio.

No ano passado, ele enfrentou uma eleição para o cargo de primeiro-ministro, e o slogan eram “Get Brexit Donne” –faça o Brexit, em uma tradução literal.

Com o Brexit, fica mais difícil para estrangeiros como Luís Pitarma viverem no Reino Unido.

A partir de fevereiro de 2021, os imigrantes precisarão falar inglês fluentemente, ter uma oferta de emprego e ter uma renda de cera de R$ 166 mil anuais para ter um visto de moradia.

Johnson pós-recuperação

Johnson está em uma casa de campo se recuperando do coronavírus. Nesta semana, seu governo deve decidir sobre a extensão do confinamento para conter uma epidemia que deixou mais de 11 mil mortos no Reino Unido.

Depois de uma semana difícil no hospital Saint Thomas, em Londres, onde passou vários dias em terapia intensiva, o líder conservador de 55 anos chegou a Chequers no domingo, cerca de 50 quilômetros a noroeste de Londres.

Foi nesta mansão do século XVI, de tijolos vermelhos, residência de campo dos chefes de governo desde 1921, que ele começou sua recuperação, ao lado de sua companheira grávida, Carrie Symonds.

“O primeiro-ministro está dedicado à sua recuperação. Não está trabalhando no momento”, disse um porta-voz de Boris Johnson.

A gestão da crise cabe, portanto, ao governo, sob a liderança do ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab.

“Vamos derrotar o coronavírus e vamos vencê-lo juntos”, declarou Johnson no domingo (12), em um vídeo filmado assim que chegou à residência onde seu glorioso predecessor Winston Churchill passou vários Natais.

O Reino Unido terá que decidir nos próximos dias uma possível extensão do confinamento, decretado em 23 de março por três semanas.

Agora, são 11.329 mortos, com 717 novos óbitos e outros 14.500 casos positivos nas últimas 24 horas. O número de contaminados no país desde o início da pandemia chega a 89 mil.

“Deixe-me esclarecer, para que ninguém tenha ilusões: é pouco provável que a revisão das medidas de contenção resulte no levantamento das restrições em um futuro próximo“, disse nesta segunda a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, em um discurso oficial.

“As medidas que estamos tomando estão funcionando, mas precisamos cumpri-las”, ressaltou.

As autoridades britânicas afirmaram que devem esperar até que o pico da pandemia seja ultrapassado para suavizar as medidas em vigor.

E, se essa primeira extensão, da ordem da formalidade, for decidida sem Boris Johnson, o líder acabará por abordar a espinhosa questão do levantamento do confinamento e de suas modalidades. O assunto divide a cúpula do governo.

Divisão dentro do governo

De acordo com o jornal conservador “The Times”, o governo agora está dividido em dois grupos. No primeiro, estão ministros partidários de um curto período de confinamento, até maio. Entre eles, o ministro do Interior, Priti Patel; o das Finanças, Rishi Sunak; e do Comércio, Alok Sharma. No outro, estão aqueles que pedem uma extensão das medidas para além de mais três semanas, como o ministro da Saúde, Matt Hancock.

Sob condição de anonimato, um ministro explicou ao jornal que é importante não causar “mais danos”, prolongando “desnecessariamente” um confinamento com consequências econômicas devastadoras.

Ele também defendeu o relaxamento das medidas após três novas semanas.

Os conselheiros científicos do governo se reunirão nesta terça-feira (14), antes do anúncio oficial do governo na quinta (16).

G1

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