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Festas juninas que celebravam a colheita do milho foram apropriadas pela igreja Católica e associada ao santo popular no Nordeste brasileiro.
Cristãos celebram neste sábado, 24 de junho o dia dedicado a São João. Mesmo as pessoas que não demonstram fé ao santo se divertem com o dia de São João fortemente associado às festas juninas, com quadrilhas, comidas e trajes típicos.
Conforme a tradição católica, São João é primo de Jesus. O culto ao santo é bastante popular nos estados nordestinos. Em algumas cidades, especialmente onde ele é padroeiro, a data em homenagem ao santo é feriado.
Algumas das manifestações em homenagem a São João são festas e fogueiras acesas nas ruas, tradições realizadas inicialmente na Europa e trazida ao Brasil por fiéis.
E as festas em homenagem ao Santo?
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Festas juninas começaram como celebrações pagãs e foram apropriadas pela igreja cristã, diz historiador — Foto: PMBV/Reprodução
Segundo o historiador Raimundo Miguel, as festas juninas eram, inicialmente, manifestações pagãs, realizadas por religiões diferentes da fé cristã, e mal vistas pela igreja católica. Eles celebravam as colheitas do mês de junho, especialmente o milho. O alimento ainda é hoje é presença garantida nas quermesses juninas de todo o Nordeste.
“Era difícil eliminar essas festas pagãs porque elas já estavam muito enraizadas na cultura popular. Então, o que a igreja Católica fez foi – em vez de tentar eliminar – se apropriou desses cultos populares. Eles passaram a dizer as festas eram uma homenagem a São João, e não a entidades pagãs”, explica.
Por vezes o santo é representado como uma criança segurando um cordeiro. O cordeiro, conforme a tradição cristã, é uma referência à frase proferida por ele, “Eis o cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”.
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