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Saiba tudo sobre a campanha de vacinação contra a gripe que começa nesta segunda-feira (12) no Ceará

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campanha nacional de vacinação contra o vírus influenza começa nesta segunda-feira (12). O processo será dividido em três fases e segue até o dia 9 de julho. A imunização, neste ano, ocorre de forma simultânea à vacinação contra a Covid-19. Por isso, o Ministério da Saúde (MS) fez uma série de recomendações específicas. Saiba o que muda, quem deve se vacinar e os locais de vacinação no Ceará.METRO3 EM CADA 10 TESTES RÁPIDOS DE FARMÁCIA POSITIVAM PARA A COVID-19, DIZ PRESIDENTE DO SINCOFARMA-CEMETROCEARÁ ESTÁ HÁ MAIS DE UM MÊS COM 98% DAS CIDADES COM NIVEL DE ALERTA ALTO OU ALTÍSSIMO PARA A COVID

MAIS DE 1 MILHÃO DE CEARENSES

A primeira fase da campanha começa amanhã (12) e se estende até o dia 10 de maio. Fazem parte deste grupo crianças a partir de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), povos indígenas (crianças de 6 meses a 18 anos) e trabalhadores da saúde.

Segundo a Secretaria da Saúde (Sesa) do Ceará, 1.082.438 de pessoas integram o grupo-alvo dessa primeira fase. A meta é vacinar 90%. Até agora, ainda segundo a Pasta, o Estado já recebeu do Ministério da Saúde 313.600 doses. O restante deve ser enviado ao passo em que vacinação avance. 

A segunda fase começa no dia 11 de maio e segue até 8 de junho. Nesta etapa, serão vacinados idosos e professores

A terceira e última etapa da vacinação contra a gripe começa em 9 de junho e segue até 9 de julho. Serão imunizadas as pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores do transporte coletivo; trabalhadores portuários; forças de segurança e salvamento; forças armadas; funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade e adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas.

A Sesa não especificou quantas pessoas devem ser imunizadas ao fim das três fases. No ano passado, no entanto, foram mais de 2,3 milhões de cearenses vacinados. O número representou 97% do público-alvo. Já em todo o País, a campanha deste ano estima que 79.744.470 milhões de pessoas sejam vacinadas contra a Influenza.  

VACINA CONTRA A COVID-19 PRIORIZADA 

Uma das recomendações emitidas pelo Ministério da Saúde foi priorizar a vacina contra a Covid-19 caso a data de vacinação contra a gripe coincida. Quando isso ocorrer, a orientação é remarcar a imunização contra a Influenza para, pelo menos, duas semanas depois ao dia que o paciente recebeu a vacina contra o novo coronavírus.  

A mesma recomendação é feita a quem já tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19. O recomendado é esperar a segunda dose e, após duas semanas, se vacinar contra o vírus da Influenza. A virologista e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Caroline Gurgel, explica que esse procedimento trata-se de uma medida de segurança.A gente não sabe a interação entre a covid e as demais vacinas. Por isso, é recomendado esperar entre duas semanas a 21 dias. É sempre importante ressaltar que o conhecimento que temos em outras vacinas, inexiste no âmbito da vacina contra a Covid, portanto, temos que ter algumas medidas de segurançaCAROLINE GURGELVirologista

O Ministério também recomendou o adiamento da vacinação contra a Influenza nas pessoas com quadro sugestivo de infecção pela Covid-19 . A orientação tem por objetivo “evitar confusão com outros diagnósticos diferenciais”.

Como a piora clínica pode ocorrer até duas semanas após a infecção, acrescenta o Ministério da Saúde, o ideal “é que a vacinação seja adiada até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva em pessoas assintomáticas”.

LOGÍSTICA E LOCAIS DE APLICAÇÃO 

Para garantir o andamento das duas vacinações, o vice-presidente do Conselho das Secretárias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems-CE), Rilson Andrade, avalia que será preciso um esquema especial. Diante do “volume muito alto de pessoas a serem vacinadas”, o representante pontua a importância de reforço nos locais de imunização. 

“O ideal é um posto de saúde, por exemplo, para vacinar contra a Covid, e outro para imunização contra a Influenza. Isso evitará erros na hora da aplicação”. 

Caso o cronograma seja mantido, o vice-presidente destaca que será preciso uma ampla mobilização. Segundo ele, não será uma tarefa simplória montar esse quebra-cabeça. “A logística é muito, muito difícil. Tem o transporte das doses, os locais de vacinação, profissionais, enfim, unificar as duas campanhas em um só vai ser complicado”, acrescenta Andrade.

A epidemiologista e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Caroline Gurgel, compartilha do mesmo pensamento. Ela concorda que “a maior dificuldade vai ser na logística” e sugere que os locais de vacinação sejam distintos.

“O ideal é um posto de saúde, por exemplo, para vacinar contra a Covid, e outro para imunização contra a Influenza. Isso evitará erros na hora da aplicação”, ressalta Caroline. Os equívocos a que se refere dizem respeito, por exemplo, à duplicação da vacina contra o novo coronavírus em um idoso que já tenha tomado as duas doses.

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