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‘Um país que mata crianças é tudo menos decente’, diz ministro sobre ataque a creche

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Silvio Almeida afirmou que a sociedade e o Estado são responsáveis pela situação de vulnerabilidade de crianças

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, lamentou nesta quarta-feira (5) a tragédia que aconteceu em uma creche em Blumenau, em Santa Catarina, em que quatro crianças foram assassinadas. “Nós estamos falhando miseravelmente com as crianças e com os adolescentes”, afirmou o ministro. A declaração foi dada durante o evento de lançamento de um guia para orientar o processo de escolha de conselheiros tutelares.

Na hora do discurso, Almeida desistiu de ler o que estava programado e fez uma fala improvisada sobre as falhas do Estado brasileiro e da sociedade, que, segundo ele, expõem crianças e adolescentes a situações de vulnerabilidade.

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“Um país que mata crianças é tudo menos democracia. É tudo menos um mundo decente. Eu sinto ter que dizer isso hoje. Mas eu estou dizendo isso hoje porque é só assim que a gente vai conseguir entender o que nós temos que fazer para mudar”, completou. 

O ministro disse ainda que não se conforma com a situação. “Eu não quero viver num mundo assim. Eu me recuso a viver num mundo assim. Isso é inaceitável. Que nós possamos cultivar a indignação, porque não podemos aceitar que crianças e adolescentes sejam mortos nesse país. Não podemos aceitar que matem nosso futuro, não podemos aceitar que matem a nossa esperança.”

Mais cedo, outros políticos também lamentaram a tragédia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o ataque é “inaceitável”. “Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e a comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor”, afirmou Lula.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, também fez uma publicação em uma rede social na qual repudia o ataque. Ele decretou luto oficial de três dias por causa da tragédia.

R7

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