Equipe Focus
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O senador Tasso Jereissati, relator do novo marco do saneamento básico no Brasil, fez uma radiografia do segmento. Em entrevista à UOL, o parlamentar destacou que o antigo marco de 30 anos atrás conferiu às companhias estaduais um monopólio.
“Começou praticamente um monopólio das companhias estaduais e como acontece sempre, essas empresas estaduais foram se tornando gigantescas, ineficientes, e profundamente corporativas. Depois, tiveram força política e passaram a ter um poder enorme nos governos”, disparou o parlamentar.
“Dessa maneira, também viraram fonte de poder nos governos, onde boa parte na época (há 30 anos) eram clientelistas”, completou.
Tasso também falou da questão da ineficiência financeira, o que acabava obrigando o próprio Estado a fazer os aportes para algumas obras. “As companhias ineficientes não geram lucro. Não há sobra de caixa para investir, não tinham capacidade de alavancagem e capacidade de tomar financiamentos. As obras tinham que ser feitas pelo Estado. E nem sempre eram obras prioritárias”, finalizou.