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Cady comenta nova fase na música e relembra receio de comparação com a cunhada Ivete Sangalo

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Cady descobriu ainda criança a sua paixão e talento para a música. Mas a baiana, que há 15 anos atua como DJ e cantora, teve que se reencontrar musicalmente após o seu irmão Daniel Cady se casar com a estrela Ivete Sangalo. Com receio das comparações que poderiam fazer com a carreira bem-sucedida da cunhada, Cady passou por um momento de questionamentos pessoais e de introspecção artística.

“Já componho minhas música há 15 anos, mas depois que me tornei cunhada da Ivete, comecei a me cobrar e ficar com receio das pessoas me compararem e usarem a nossa proximidade de forma negativa. Acho que todo mundo na vida se julga e se cobra. Quando entendi que sempre terão pessoas que criticam, assim como as que elogiam e que o mais importante era o que eu queria, fui buscar me preparar mais e tudo na minha vida começou a funcionar. Agora estou pronta para compartilhar a minha verdade e o que eu tenho de melhor”, conta ela, que deixou o nome artístico Miss Cady para ser apenas Cady. “Vivia me escondendo. Quis deixar  apenas meu nome para compartilhar mais a minha verdade.”

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Cady (Foto: Peu Campos/ Divulgação)

A cantora tem a oportunidade de mostrar a sua nova versão no lançamento do EP Nothing Wrong, pela Liboo/Universal Music. A música, cantada em inglês e no estilo house music, tem uma letra positiva, criada após a superação de sua fase nebulosa. “A música é positiva. Pensei em uma maneira de passar essa mensagem de forma alegre e com energia”, explica ela, que recebeu o apoio de Ivete, um exemplo para ela de como se portar diante da vida.

Positividade que ela sempre aprende a ter com a diva baiana. “Eu aprendo muito com Ivete. Ela mostra que é possível estar se divertindo o tempo todo. Ivete criar esse ambiente de diversão, essa leveza… Até em situações mais sérias, ela consegue contornar aquilo de uma forma que deixe o ambiente mais leve. Ela trouxe essa leveza na minha vida.”

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QUEM: Como começou a sua história com a música?
CADY:
Começou com o meu pai. Ele fazia mixagem de fita cassete e me colocava para escutar. Era um fone para ele e outro para mim. Cresci ouvindo bandas de rock and roll e com referências como The Beatles, Led Zeppelin, Donna Summer, Jimi Hendrix e Earth & Fire… Minha primeira composição foi uma música que dei de presente de Dia das Mães para a minha mãe. Depois disso, fui convidada para tocar na noite como DJ.

QUEM: Você vem da Bahia, onde grandes nomes da MPB vieram. Como foi encontrar o espaço para trabalhar o seu som, que tem muita influência internacional?
CADY
: Tive que ter muita paciência mesmo. Tentei fazer há mais de oito anos o que eu estou fazendo agora. Ganhei muita gente pelo cansaço (risos). Às vezes, as coisas não acontecem por questão de não ser o tempo certo. Antes, eu acha que o problema estava comigo, que eu não estava madura ou estava no caminho errado,  mas não era isso. O mercado na época e as pessoas com quem eu convivia não estavam abertas para receber aquele tipo de criação. Agora eles estão.

QUEM: Por que você canta em inglês?
CADY:
Meu avô é americano. Falo inglês desde pequena em casa e sempre tive mais facilidade em compor em inglês. É natural.

Cady (Foto: Peu Campos/ Divulgação)

QUEM: Mas mesmo assim você tem um nome no Carnaval baiano…
CADY:
Em época de Carnaval, costumo fazer quatro apresentações por dia. Adoro! O Carnaval baiano é conhecido por ter de tudo. É uma mistura louca. Você encontra artistas do mundo inteiro. O Carnaval da Bahia sempre foi um lugar em que me senti inclusa.

QUEM: Por que você decidiu tirar o Miss do seu nome artístico?
CADY:
Essa mudança me recorda de um momento que eu me questionava se eu era um personagem no palco. Mudei o nome porque queria compartilhar a minha verdade e o que eu tenho de melhor. Quis deixar o meu nome para passar o mais real possível do que eu sou para as pessoas.

QUEM: Ter um sobrenome linkado com o da Ivete Sangalo também pode ser uma pressão?
CADY:
Isso me prejudicou muito lá atrás porque eu acreditava que as pessoas não seriam capazes de me ver pelo meu talento. Enquanto acreditava nisso, isso me prejudicava. Mas deixe essa história de lado e para trás, sem me preocupar mais. E tudo na minha vida começou a funcionar. Fiquei mais focada em criar a minha realidade e as minhas coisas.

QUEM: E Nothing Wrong surgiu deste momento, né?
CADY:
Surgiu desse momento de cobrança e de julgamento… Estava me cobrando muito. Tinha aqueles pensamentos: “Tenho 15 anos de carreira e já era para ter alcançado isso ou aquilo”. Também me cobrava muito por não estar cantando porque sempre gostei de cantar e queria cantar o que escrevia. Daí essa música veio no momento certo.

Cady (Foto: Peu Campos/ Divulgação)

QUEM: Mas é uma música positiva…
CADY:
A música é positiva mesmo. Pensei em uma maneira de passar essa mensagem de forma alegre. Sou uma pessoa que busca positividade em tudo. Sempre busco me divertir. Quem me conhece nunca vai me ver lamentando e reclamando. Quando estou mal, me recolho, vou meditar, fazer ioga, me isolar. Morei seis meses na Índia e desde então tenho a meditação pra vida. Já faz oito anos. Então, se estou confusa ou na gangorra espiritual, busco esse equilíbrio na meditação. Ela me ensinou a não deixar a agonia e ansiedade dos outros se tornarem as minhas.

QUEM: A Ivete ajudou neste período em que estava se questionando sobre a carreira?
CADY:
Desde o começo ela sempre me incentivou a cantar e falava que eu era extremamente capaz. Agora está muito feliz em me ver neste momento.

QUEM: Vocês trocam muitas figurinhas?
CADY:
Eu aprendo muito com Ivete. Ela mostra que é possível estar se divertindo o tempo todo. Ivete criar esse ambiente de diversão, essa leveza… Até em situações mais sérias, ela consegue contornar aquilo de uma forma que deixe o ambiente mais leve. Ela trouxe essa leveza na minha vida. Além disso, ela é atenta com as pessoas, humana e carinhosa. Me inspira a querer compartilhar também isso com as pessoas.

QUEM: Seu sobrinho Marcelo já mostra um grande talento para a música. Acha que ele vai seguir a carreira da mãe?
CADY:
Meu irmão toca percussão muito bem também. Então acho que o Marcelo nasceu com o DNA desses dois misturados. Mas o dom é dele. É impressionante!

QUEM: E as sobrinhas Marina e Helena? Com quem são mais parecidas?
CADY:
Marina é mais Sangalo e a Helena é Cady. Elas são gêmeas, mas são bem diferentes. Elas são lindas!

QUEM: Você já está preparando um álbum?
CADY: Tenho muitas músicas compostas e produzidas. Agora é hora de ver qual a melhor estratégia para lança-las.

Ivete Sangalo e Daniel Cady com a irmã, Cady (Foto: Reprodução/Instagram)
Ivete Sangalo e Cady (Foto: Reprodução/Instagram)
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