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Carla Diaz: “Gosto de homem que não fica em cima do muro”

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Carla Diaz entra em A Força do Querer quando a novela está fervendo. No meio de tiroteios, prisão, traição e muita confusão entre Bibi (Juliana Paes) e Rubinho (Emilio Dantas), surgiu a nova rival da Perigosa: a novinha Carine, apelidada pelo público de Furacão. Na pele da cabeleireira do morro, ela não vai medir esforços para conseguir o que deseja.

16 anos depois de viver a pequena Khadija em O Clone, que dizia: inshalá!, Carla, hoje com 26, volta a trabalhar com Glória Perez e teve só uma semana para se preparar após o convite. Fez aulas de funk, colocou aplique no cabelo e perdeu 4 quilos. Na vida pessoal, a loura garante que não é furação. É timida, conta que nunca magoaria alguém e jamais se envolveria com um homem casado.  Atualmente solteira, ela confessa que fica revoltada com assédio desrespeitoso e garante que não julga ninguém.

Carla Diaz em sua primeira cena como Carine em um embate com Bibi (Foto: Mauricio Fidalgo/TV Globo)

Carine Furação 
“Dizem que a Bibi é Perigosa e a Carine é Furação. É a primeira mulher de fato que está enfrentando a Bibi no que ela mais teme, ser traída. Está mexendo no ponto mais fraco da personagem. A primeira sensação que tive foi de muita felicidade e gratidão. Quando a ficha vai caindo, como sou muito autocrítica, quero chegar ao meu melhor. Carine é muito determinada e quando ela quer vai atrás até o final, só que ela passa por cima das pessoas. Eu não. Sou determinada, mas jamais magoaria alguém por um capricho meu. Não teria essa frieza que ela tem. Até as crianças torcem pela Carine. Eu realmente esperava receber criticas negativas.”

Convite
“Minha primeira e única novela com a Glória Perez tinha sido O Clone. Vou ter 100 anos e ainda vão lembrar da Khadija. A novela é vendida para fora e recebo carinho de pessoas do mundo inteiro, em idiomas que nem sei identificar. Fiquei 9 anos na Globo e a última novela que fiz foi Os Sete Pecados, uma personagem que tinha HIV, com uma caraga dramática forte. Esses dias assistindo a novela, antes de receber o convite, falei com a minha mãe: Imagina que louco eu voltar para a Globo na novela da Glória. Aconteceu! Rô Quintaes (produtora de elenco) me ligou e me chamou pra fazer a Carine. Tive uma semana para me preparar. Fiz aulas de funk com o professor Rômulo Morada, que me ajudou com expressões corporais, jogada de cabelo. E treinei com o coach Sergio Penna, que me apresentou uma atriz do Vidigal Karina Duarte, que me deu várias dicas”.

Carlas Dias com 11 anos em O Clone (Foto: TV Globo)

Novinha x madura
“Eu estava me lembrando de como eu era aos 19 anos e sou praticamente a mesma pessoa, com o mesmo corpo. Amadureci, aprendi muito, mas na fisionomia sou bem parecida. Eles me chamam de novinha, mas não tem muito a ver com idade especifica, é uma gíria da comunidade. Fisicamente a gente não muda muito dos 20 aos 26 anos, já está com o corpo formado. Me sinto mais responsável, madura, principalmente quando tenho que ir para um banco, assinar um contrato, uma burocracia. Aí vejo que não sou mais criança. Com relação a minha carreira, sempre levei muito a sério. Mesmo criança.”

Sensualidade 
“Aquilo não é a Carla, é a Carine. Eu não uso as roupas que ela usa, não tenho o cabelão, não uso o batom rosa. O cabelão tiro no set, é tic-tac. A Carla jamais se insinuaria para um homem casado. Nós atores temos que emprestar nosso corpo para nossas personagens, é nosso meio de comunicação. Se a gente tiver pudor, a gente não vai estar entregue. Gravei uma cena esses dias com um pano de prato cobrindo os seios. Estava super focada na cena, foi ótimo. Se tivesse que ficar sem o pano, sem problemas. Quando tem o contexto e a gente está focado com o que a personagem precisa, ok. Estava só com lib, não sei o que vai imprimir no vídeo. Na minha vida continuo eu mesma. Só atolada em questões de horários para ver amigos.”

Carla Diaz não se sente sensual na vida real (Foto: Vinícius Mochizuki)

Timidez
“Nunca fiz barraco. Sou muito extrovertida com amigos, mas em público, tenho timidez. As pessoas ficam impressionadas com isso. Para apresentar trabalho para professora e a sala, morro de vergonha, travo. Quando estou no set, é outra pessoa.”

Traição
“Eu jamais sentiria alguma coisa por um homem casado, que tivesse uma família. Me conhecendo, tenho quase certeza que é impossível. Nunca aconteceu. É um caso problemático até para quem está entrando na história. Não desejo para mim. Se eu disser que não sou ciumenta é hipocrisia. Mas é ciúme bobo, saudável.”

Intensa
“Estou solteira não tem muito tempo. Tudo é questão de momento. A gente não se apaixona com hora marcada. Mas, estou muito focada no meu trabalho. Sou sagitariana e adoro aventuras. Sou intensa, óbvio. Onde quer que você esteja, esteja por inteiro. Como vou estar com uma pessoa com pé atrás? Isso que não admiro em uma pessoa. Gosto de homem que não fica em cima do muro. Quando o homem é decidido, tem senso de humor e é sincero e quer ficar comigo é obvio que vou olhar para esse homem. Já me relacionei com cara mais velho. Um pouquinho mais. Meu ex tinha 37. Nunca será regra, o que importa é o que as pessoas sentem. Independentemente de raça, cor, idade.”

Machismo
“Usar roupas curtas e apertadas é a escolha de cada um. Porque não uso, não sou melhor. Comecei a compreender melhor a vida da comunidade, onde todo mundo se conhece, todo mundo se ajuda e a força dessas mulheres guerreiras mães de família . A gente vive no século XXI e não pode aturar machismo. A mulher vem ganhando voz e não podemos sofrer esse tipo de coisa. Acho inadmissível passarmos ainda por questões como essa. Já aconteceu comigo de passar pela rua, um porteiro ou alguém da obra fazer algum tipo de comentário. Fico muito revoltada. Independentemente da forma que a mulher esteja, a gente não tem obrigação de ouvir esse tipo de coisa. Respeito é bom e nós merecemos. Não é porque a menina está dançando ou com uma roupa mais curta que alguém pode falar alguma coisa. Hoje em dia a gente está tão livre, a moda muda tanto e tem sensualidade. Tanta coisa mais importante no mundo pra se preocupar, que triste se preocupar com a vida do outro, acho isso triste.”

Boa forma

“Rômulo me dá aulas de funk, adoro dançar e perde muita caloria. Douglas Tigre, especialista em emagrecimento, me ajudou com vitamina, alimentação balanceada e perdi 4 quilos de gordura e dei uma secada. Faço musculação e aeróbico de 2 a 3 x por semana. Adoro comer, mas para o vídeo queria dar uma secada. Cortei doces, intensifiquei nas proteínas e tomo chá de hibisco com cavalinha.”

Marie Claire

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