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Com Carla Zambelli em Fortaleza, candidatura do Capitão Wagner assume a linha bolsonarista

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Por Fábio Campos
fabiocampos@focus.jor.br

Um evento social, que na prática se tornou um momento para articulação política, reforça o movimento que leva o deputado federal Capitão Wagner (Pros) a ser o candidato das forças bolsonaristas na disputa pela Prefeitura de Fortaleza. Ao lado do marido, o coronel Aginaldo de Oliveira, que acaba de se reformar da PM do Ceará e continuará à frente da Força Nacional, a deputada federal Carla Zambelli (PSL), fina flor do Bolsonarismo, esteve em Fortaleza e participou de um jantar em que Wagner foi o personagem central.

Mais importante que o apoio do bolsonarismo, cuja a força e relevância em Fortaleza são incógnitas, é a articulação para levar o PSL para a aliança em torno de Wagner. Focus apurou que isso vem sendo trabalhado com ardor.

Não é para menos. O PSL tem pouca Força no Ceará, mas, por ter conseguido eleger a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados em 2018, leva consigo o segundo maior fundo eleitoral e partidário, além de um precioso e longo tempo no horário eleitoral gratuito de rádio e televisão que, em minutos, só é menor que o do PT.

O PSL bivarista havia rompido com Bolsonaro. No entanto, a relação vem mudando. A reaproximação está ocorrendo. Tanto que Carla Zambelli permanece no PSL e é uma das vice-líderes do partido na Câmara dos Deputados.

O encontro, que ocorreu na casa do empresário, Júlio Ventura, teve a participação de outros convidados, como o empresário Gaudêncio Lucena, que foi vice-prefeito na primeira gestão de Roberto Cláudio em Fortaleza. Gaudêncio permanece no MDB, mas, segundo apuração do Focus, seu compromisso maior é com o bolsonarismo. No entanto, o MDB, controlado pelo ex-senador Eunício Oliveira, tende a manter outro rumo em Fortaleza. Possivelmente, apoiar a potencial candidatura petista de Luizianne Lins.

Em suas redes sociais, Zambelli tratou Wagner como o próximo prefeito de Fortaleza. “Chega de oligarquias e de massacrar a população do Ceará”, disse Zamebelli numa referência óbvia à família de Ciro Gomes, que vem batendo duro em Bolsonaro e, tudo leva a crer, será candidato a presidente em 2022.

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