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Especialista do Butantan orienta o que fazer em casos de picadas de cobra

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Acidentes como o da médica Dieynne Saugo, que foi picada por uma cobra no último dia 31, são comuns em todo o país, informou a médica Fan Hui Wen, gerente do Núcleo de Produção de Soros do Instituto Butantan.

Em entrevista à CNN, a especialista explicou o que primeiro se deve fazer em casos de picadas de cobra. “O acidente com jararaca no Brasil é o mais comum de todos os acidentes ofídicos que ocorrem no país. A primeira recomendação que nós damos é lavar bem a região com água e sabão.”

Segundo Fan, não se deve amarrar o local da picada nem tentar chupar o veneno. “Nenhuma dessas medidas é capaz de impedir a ação do veneno. Não se deve passar nenhum produto nem remédio caseiro. [O ideal] é transportar o mais rapidamente a pessoa para um serviço de saúde”, aconselhou.

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A médica do Butantan ainda disse que o acidente com Dieynne foi incomum por dois motivos: ela ter sido picada duas vezes e em locais delicados.

“Ela teve a infelicidade de ser picada numa região pouco comum. Segundo o que os médicos me relataram, a picada ocorreu no queixo e o inchaço nessa região pode obstruir as vias aéreas. Outro fato incomum, no caso dela, é ser picada duas vezes. Sabemos que as serpentes não injetam todo conteúdo do veneno que ela tem nas suas glândulas. No momento que ela se sentiu ameaçada na primeira vez, picou no queixo e mais uma vez no braço”, explicou.

A especialista disse que pernas e pés são os locais mais comuns para picadas de cobra e, nesses casos, a orientação é manter o membro em uma posição confortável para diminuir a pressão que acontece no local da picada.

Dieynne Saugo foi diagnosticada com o novo coronavírus, o que pode agravar sua situação. “Não são situações comuns de a gente observar, mas infelizmente foi esse caso que levou à uma severidade bastante importante do caso dela”, completou a especialista.

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