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Papa telefona para Milei, que o convida para visitar a Argentina

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Chefes de Estado selaram a paz durante a ligação

O papa Francisco telefonou, nesta terça-feira (21). para o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, que confirmou o convite para que ele visite o país natal em 2024, segundo informações do partido do político ultraliberal A Liberdade Avança.

A conversa com o pontífice foi, sem dúvida, um dos momentos mais aguardados na transição para o governo do político libertário, que assumirá o cargo em 10 de dezembro. Houve críticas de ambos os lados, e um dos líderes proeminentes do partido de Milei, Alberto Benegas Lynch, chegou a pedir o “rompimento das relações” com o Vaticano.

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De acordo com pessoas próximas a Milei, que acompanharam o presidente eleito no hotel Libertador em Buenos Aires, onde ele montou seu quartel-general de campanha semanas atrás, foi uma conversa telefônica “agradável e muito boa”.

Nesse diálogo, Milei reafirmou o convite para que o pontífice visite a Argentina em 2024, país ao qual não voltou desde que foi proclamado papa (em 2013), e o chefe da Igreja Católica prometeu enviar a ele um rosário para acompanhá-lo em seu próximo desafio como presidente.

De acordo com relatos da imprensa argentina, a principal incentivadora desse diálogo foi Diana Mondino, eleita para o parlamento e referência em política externa de A Liberdade Avança, que considerou as declarações de Benegas Lynch um “grande erro”.

Milei estava no meio de uma entrevista que seria transmitida posteriormente e a interrompeu para uma conversa de cinco minutos com o sumo pontífice.

O presidente eleito pediu desculpas repetidas vezes por ter dito no passado que o papa é o “representante do mal na Terra” e disse na campanha que, se Francisco fosse visitar a Argentina, ele o receberia com “as honras” de um chefe de Estado.

Por sua vez, Francisco advertiu, antes do primeiro turno das eleições presidenciais realizadas em outubro, sobre os “palhaços do messianismo”, em uma entrevista à agência pública argentina Télam, na qual o pontífice afirmou ter “medo dos flautistas de Hamelin”, que “são encantadores de pessoas”, as quais “acabam afogando”.

*EFE/PLENO NEWS

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