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Tasso: “O PT acha que quem é de esquerda aceita empresa pública”

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Equipe Focus
focus@focus.jor.br

O senador Tasso Jereissati falou que o PT ainda tem uma visão ultrapassada com relação ao marco do saneamento básico. Em entrevista à revista IstoÉ, o parlamentar cearense destacou os papéis da universalização do serviço no País.

Contudo, criticou a legenda por acreditar que o projeto visa a privatização da água. “A esquerda tem essa dicotomia entre o público e o privado. O PT acha que quem é de esquerda aceita empresa pública e que quem aceita investimento privado é de direita. Essa é uma ideia dos anos 50 ou 60, já está superada”, disse.

Na sequência, falou que o mais interessante é a eficiência. “Se a empresa pública é eficiente, ela continuará prestando os serviços. Se ela é ineficiente para fazer os investimentos necessários para atender a população, ela não cumpre seu papel. Esse discurso de setores da esquerda está completamente fora de tempo e de hora”, pontua.

Tasso ainda falou sobre a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Destacou que a situação abateu o chefe do Executivo. “Com certeza isso tudo abateu o ânimo do presidente. Não sei se foi por isso, mas se foi, é bem-vinda essa prisão. Bendita seja essa prisão”, respondeu.

O senador destacou que sentiu medo que as reações pró-didatura e AI-5 pudessem abalar as instituições democráticas. “Em certo momento, eu tive medo que essa ruptura pudesse acontecer. Mas percebi que em função das reações da sociedade, da intelectualidade, da universidade, da imprensa e da classe empresarial, isso foi abafado. Não tenho mais medo. Pode haver recrudescimento, tentativas, mas as reações do Supremo e do Congresso foram fortíssimas. Dentro do Senado posso garantir que não havia mais do que um ou dois senadores que defendiam esse tipo de postura”, finalizou.

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